28 de abril de 2009

Estudo





Como sabemos, o estudo requer um tipo de leitura específica: a leitura em busca do maior conhecimento possível oferecido pelo texto escrito.
Embora os textos estudados no trabalho de formação certamente decorram de algum tipo de discussão sobre seu conteúdo,ou desencadeiem essa discussão, eles são produzidos para "ensinar por si mesmos". Há dois tipos de texto destinados ao estudo mais recorrentes tanto no Programa Parâmetros em Ação quanto no Programa de Formação de Professores Alfabetizadores: o texto expositivo e o texto instrucional.
O texto expositivo é aquele por meio do qual o autor se propõe a ensinar conteúdos (geralmente conceituais) para um suposto leitor que os desconhece ou deles sabe pouco. O que chamamos genericamente de textos teóricos são textos expositivos: nesse caso, o esforço do autor é expor um tema de forma que o leitor o compreenda apenas com a leitura, mesmo que esta tenha que ocorrer várias vezes. O texto instrucional é aquele por meio do qual o autor se propõe a orientar a ação, o procedimento do leitor: os módulos de atividades de formação dos dois programas acima mencionados são instrucionais.Tanto em um caso como no outro, esses textos geralmente não falam por si mesmos com uma única leitura: é preciso estudá-los.
Quando se trata de textos que abordam conteúdos conceituais complexos, é fundamental que, durante a leitura, os educadores possam contar com uma orientação de estudo como apoio. Além disso, quanto mais difícil for a leitura, mais necessário se torna que o formador faça uma certa propaganda do texto e "do que se ganha" com ele. Uma péssima estratégia é entregar o texto supondo que, por ser uma tarefa reconhecidamente importante, a leitura deverá ser feita por todos, independentemente de qualquer comentário prévio a respeito, pelo simples fato de que o cumprimento das tarefas combinadas é parte do contrato didático do grupo. Pior ainda é entregar muitos textos ou indicar muitos livros ao mesmo tempo, sem sugerir uma ordem de prioridade para a leitura: a condição de parceiro experiente coloca ao formador a tarefa de ajudar os participantes de seu grupo a selecionar e seqüenciar suas leituras em função das necessidades mais imediatas (deles próprios e do andamento dos trabalhos do grupo).
Se a constatação é de que os professores lêem pouco,30 principalmente os textos teóricos, então é preciso desafiá-los para que melhorem essa sua atitude, pois isso faz parte do processo de formação profissional: não se pode ser demasiado exigente em relação à leitura deles, tampouco complacente com a sua não-leitura.
Uma das estratégias que têm sido mais eficazes nos trabalhos de formação é a indicação comentada da leitura proposta:nesse momento,o formador conversa sobre o texto, explicita os principais conteúdos nele abordados, relaciona esses conteúdos com o que vem sendo tratado no grupo e com a prática pedagógica, enfatiza as vantagens que ele oferece do ponto de vista pessoal e/ou profissional...
Na verdade, o trabalho com a Leitura Compartilhada de textos literários é também uma forma indireta de contribuir para ampliar o interesse e o compromisso do educador com as leituras de um modo geral e, conseqüentemente, com o estudo de textos de aprofundamento.
A expectativa é que a sedução pela literatura possa reverter, de alguma forma, em benefícios para a formação do leitor em muitos aspectos, e não apenas o gosto pela própria literatura e o interesse em desbravá-la.
Quanto aos textos instrucionais, é importante ressaltar uma questão: a representação que geralmente temos do que seja estudar não pressupõe estudar procedimentos.
Essa idéia soa estranha muitas vezes, pois a impressão que temos é que o que requer estudo são os textos que tratam de conceitos, temas relevantes, assuntos complicados. Mas textos instrucionais como os módulos e unidades que compõem o Parâmetros em Ação e o Programa de Formação de Professores Alfabetizadores exigem estudo também: se queremos,muito mais do que uma idéia geral do que está indicado no texto, ter clareza sobre o encadeamento das ações propostas, a lógica da seqüenciação das atividades, as intenções subjacentes, os conteúdos implícitos,é preciso acionar nossa capacidade de análise e de fato estudá-lo.
Os relatos a seguir enfatizam a importância do estudo em diferentes situações, tanto no caso da formação de professores como de formadores. No final, há um instrumento de orientação de estudo que pode servir de referência para a elaboração de outros que atendam a diferentes necessidades de formação.
Uma das maiores dificuldades que os formadores enfrentam, segundo eles, é o fato de os professores não lerem os textos de aprofundamento. Na verdade, a prática de leitura para atualização e aprofundamento teórico é ainda restrita entre os educadores... Por isso, tenho sugerido que os formadores façam um trabalho de sedução para a leitura dos textos recomendados aos professores,comentando o que vão encontrar, o tempo aproximado que gastarão para ler,a linguagem, a relação entre o conteúdo abordado e o que está sendo tratado no grupo, a relação com a prática de sala de aula... enfim, as vantagens de ler o texto, o que com isso "se ganha" do ponto de vista profissional. Solicitar que os educadores leiam um texto e que façam uso das informações nele contidas para analisar uma situação proposta ou para realizar uma atividade em que essas informações são imprescindíveis tem se mostrado também muito útil e enriquecido as discussões sobre os conteúdos dos textos. Outra sugestão é propor a leitura acompanhada de uma orientação de estudo. Esse procedimento faz toda diferença, porque uma coisa é ler o texto, outra, bem diferente, é estudá-lo.
Rosa Maria Antunes de Barros





Em vários grupos apresentei, indiquei e sugeri leitura de livros que contribuem tanto para o desenvolvimento profissional como pessoal. Os participantes anotavam as referências, mas me ficava uma questão que, de alguma forma,percebia como preocupação do grupo: o que ler primeiro, por onde começar a ler? Mesmo quando indicava a leitura de um ou mais livros para aprofundar um tema, ainda persistia essa questão para mim. E essa preocupação se mostrou real ao observar os grupos estudando para desenvolver o Parâmetros em Ação com os professores: as indicações, quando muito amplas, não os Educadores estudam e discutem o conteúdo dos Parâmetros ajudavam. Procurei então indicar a leitura de capítulos específicos, às vezes até de trechos desses capítulos, tanto dos Parâmetros Curriculares como do material bibliográfico complementar.
Marília Novaes





Nas simulações, os grupos, em sua maioria, se empenharam bastante em utilizar as estratégias metodológicas propostas e em lançar questões problematizadoras aos educadores, muitas vezes gerando uma tempestade de idéias que fugia do objetivo proposto na atividade. Na auto-avaliação, após o término da atividade de simulação, muitos declararam não ser fácil intervir adequadamente no momento certo e acabaram explicitando que não estavam seguros para exercer a função de coordenador de grupo. Nesse momento, compartilhei com eles que também não achava fácil essa função, mas que tinha plena convicção de que era possível para eles, que só aprendemos a fazer formação de professores acreditando, estudando, e principalmente fazendo. Sugeri listarmos algumas decisões que eles deveriam tomar e que poderiam ajudá-los a sentir mais segurança como formadores. Foi um momento muito significativo, pois a partir dessa listagem estabeleceram combinados de realizar encontros para que houvesse maior intercâmbio entre eles, referente tanto aos conhecimentos que já tinham quanto aos que certamente iriam adquirir com os estudos que precisariam realizar daí por diante.
Deane Rodrigues





Ao reencontrar os coordenadores após o evento de formação, percebi que estavam animados com o Programa, dispostos a enfrentar os desafios, mas sem saber como encaminhar o estudo, por onde começar a se preparar, o que ler primeiro... em resumo, como estudar para ser um coordenador de grupo de professores.
Com essas observações, planejei uma pauta de trabalho em que pudesse inserir a discussão desses procedimentos, auxiliada por uma melhor compreensão da concepção de formação de professores:
• Abordar as atividades de forma que a finalidade, a expectativa de aprendizagem, o conteúdo e as estratégias metodológicas se tornem mais observáveis e compreensíveis, após seu desenvolvimento
• Indicar leituras complementares nos PCN, ler com os participantes e, na indicação de livros, especificar o capítulo e explorar em quais questões devem se aprofundar.
• Explicitar com o grupo quais questões, nas atividades desenvolvidas, seriam de maior dificuldades para os professores ou para eles e ajudá-los a pensar sobre elas.
• Problematizar as atividades, sugerindo outra abordagem e discutir a concepção de formação que perpassa as escolhas de reorganização.
• Abordar as colocações dos participantes sobre os conteúdos a partir da concepção de ensino e de aprendizagem que possuem.
• Indicar o "caminho" pelo qual abordar o material, visando a própria formação como coordenadores de grupos.
Marília Novaes





Depois das discussões anteriores, foi possível para o grupo compreender melhor as atividades de leitura apresentadas no programa "Pensando se aprende..." e rediscutir os procedimentos de leitura que os alunos utilizam para ler quando ainda não sabem ler. Sinto que ainda não é claro para as pessoas que se aprende a ler assim mesmo – lendo – e, conseqüentemente fica difícil entenderem as propostas de alfabetização apoiadas nesse pressuposto. O nível de conhecimento do grupo a respeito dos conteúdos previstos no Módulo de Alfabetização é ainda pequeno: há um longo caminho a percorrer. Certamente os futuros coordenadores de grupo precisarão de muita ajuda. É preciso que se organizem num grupo de estudo, e terão bastante trabalho pela frente.
Márcia Gianvechio





Para sistematizar as discussões realizadas até então, tenho proposto algumas questões para reflexão do grupo: Será que o professor modelo de leitor e escritor + alunos resolvendo bons problemas (difíceis porém possíveis), pode resultar em aprendizagem?
• Será possível, ao longo dos 200 dias letivos, se propor:
• que o professor leia 200 textos;
• que o professor escreva 200 textos;
• que os alunos leiam 200 textos;
• que os alunos escrevam 200 textos?
• "De onde tirar" esses textos? Quais são os mais adequados para que o professor leia e para que os alunos leiam?
Respostas para essas perguntas são encontradas:
• Nos Parâmetros Curriculares Nacionais de Língua Portuguesa. • No texto "Por trás do que se faz", publicado em Cadernos da TV Escola – Português, vol. 1 (p. 26) e transcrito no Módulo de 1ª- a 4ª- série do Parâmetros em Ação (p. 88).
Com 800 situações planejadas será possível então alfabetizar os alunos?
E como poderá ser a qualidade dessa alfabetização?
As conclusões a que o grupo chega são animadoras e, nesse sentido, tem ajudado muito mostrar as relações entre os PCN, os Módulos do Parâmetros em Ação e outros materiais conhecidos. É muito importante ajudar o grupo a selecionar, entre as fontes disponíveis, o que é mais relevante para responder a suas necessidades mais imediatas.
O desafio que se coloca é: como garantir que todos continuem estudando?
Afinal, o Encontro do Parâmetros em Ação é só uma apresentação geral do Programa...
Eliane Mingues





Procuramos trazer para as discussões semanais, entre os coordenadores das escolas o estudo de conteúdos que vão além dos propostos nos módulos do Parâmetros em Ação: o objetivo é oferecer melhores condições para que eles conduzam adequadamente o trabalho de formação nas escolas.
Rosa Maria Monsanto Glória





Depois das discussões anteriores, foi possível para o grupo compreender melhor as atividades de leitura apresentadas no programa "Pensando se aprende..." e rediscutir os procedimentos de leitura que os alunos utilizam para ler quando ainda não sabem ler. Sinto que ainda não é claro para as pessoas que se aprende a ler assim mesmo – lendo – e, conseqüentemente fica difícil entenderem as propostas de alfabetização apoiadas nesse pressuposto. O nível de conhecimento do grupo a respeito dos conteúdos previstos no Módulo de Alfabetização é ainda pequeno: há um longo caminho a percorrer. Certamente os futuros coordenadores de grupo precisarão de muita ajuda. É preciso que se organizem num grupo de estudo, e terão bastante trabalho pela frente.
Márcia Gianvechio





Para sistematizar as discussões realizadas até então, tenho proposto algumas questões para reflexão do grupo:
Será que o professor modelo de leitor e escritor + alunos resolvendo bons problemas (difíceis porém possíveis), pode resultar em aprendizagem?
• Será possível, ao longo dos 200 dias letivos, se propor:
• que o professor leia 200 textos;
• que o professor escreva 200 textos;
• que os alunos leiam 200 textos;
• que os alunos escrevam 200 textos?
• "De onde tirar" esses textos? Quais são os mais adequados para que o professor leia e para que os alunos leiam?




Respostas para essas perguntas são encontradas:
• Nos Parâmetros Curriculares Nacionais de Língua Portuguesa.



• No texto "Por trás do que se faz", publicado em Cadernos da TV Escola – Português, vol. 1 (p. 26) e transcrito no Módulo de 1ª- a 4ª- série d Parâmetro em Ação (p. 88).




Com 800 situações planejadas será possível então alfabetizar os alunos?
E como poderá ser a qualidade dessa alfabetização?
As conclusões a que o grupo chega são animadoras e, nesse sentido, tem ajudado muito mostrar as relações entre os PCN, os Módulos do Parâmetros em Ação e outros materiais conhecidos. É muito importante ajudar o grupo a selecionar, entre as fontes disponíveis, o que é mais relevante para responder a suas necessidades mais imediatas.
O desafio que se coloca é: como garantir que todos continuem estudando?
Afinal, o Encontro do Parâmetros em Ação é só uma apresentação geral do Programa...
Eliane Mingues





Procuramos trazer para as discussões semanais, entre os coordenadores das escolas o estudo de conteúdos que vão além dos propostos nos módulos do Parâmetros em Ação: o objetivo é oferecer melhores condições para que eles conduzam adequadamente o trabalho de formação nas escolas.
Rosa Maria Monsanto Glória





Plano de Estudo Prévio do Módulo Alfabetizar com textos/Parâmetros em Ação - um exemplo -
Sistematizado por Marília Novaes e Rosaura Soligo.




Estudar os módulos do Parâmetros em Ação como formador requer procedimentos próprios, diferentes daqueles de estudar para dar aula, ou mesmo para resolver dúvidas pessoais.
É um estudo a serviço da prática de formador (coordenador geral e de grupo) que tem dois âmbitos – o das estratégias metodológicas e o do conteúdo – que podem ser abordados de duas formas: num processo progressivo (pessoal e de grupo) de estudo e nas simulações de atividades propostas no módulo.
Estudar o módulo "todo", antes de desenvolvê-lo com o professor, propicia uma melhor compreensão dos principais conteúdos abordados e potencializa a ação do formador no trabalho com os grupos.





Sugestões de estudo
1. Leitura individual de todo o módulo (antes da reunião) para compreender sua organização e detectar as grandes dúvidas.
2. Leitura individual aprofundada da seqüência de atividades, a ser estudada na reunião com os demais formadores, com anotação das dúvidas e questões a serem discutidas.
3. Leitura individual de outros materiais que poderiam auxiliar acompreensão de questões importantes tratadas na seqüência de atividades a ser discutida no grupo.
4. Desenvolvimento da seqüência de atividades no grupo, identificando as estratégias metodológicas e o conteúdo e antecipando pontos que eventualmente representarão dúvidas para os professores.É importante procurar desenvolver as atividades da forma mais semelhante possível à que ocorrerá no grupo de professores (uma idéia seriacada coordenador geral ou de grupo se preparar para realizar a simulação de uma ou mais atividades da seqüência estudada e o grupo identificar suas dúvidas e dificuldades, discutir a realização e a necessidade de mudanças ou ampliações, compartilhar o que sabem para ampliar a compreensão de todos).
5. Levantamento de outros textos, materiais que poderiam ampliar a discussão do conteúdo. No caso do Módulo "Alfabetizar com textos", alguns exemplos são os seguintes:
• Na seqüência 1, Atividade 2, o livro Meu professor inesquecível, de Fanny Abramovich, ou qualquer outro material que trate do tema.
• Na seqüência 1,Atividade 3, o texto "Alfabetização total", de Gordon Wells, e o capítulo 3 ("O ensino da leitura") do livro Estratégias de leitura, de Isabel Solé.
• Para a seqüência 2, ler outros materiais que discutam o que as crianças pensam e sabem sobre a escrita e o capítulo 4 ("O ensino de estratégias de compreensão leitora") do livro Estratégias de leitura, de Isabel Solé.
• Para a seqüência 3, pensar em propor aos professores querealizem uma avaliação diagnóstica do conhecimento dos alunos sobre a escrita e planejar um espaço no grupo para discutir sua realização, o desempenho dos alunos, as dificuldades de análise do professor e os encaminhamentos.
• Para a seqüência 4, leitura do capítulo 1 ("O desafio da leitura") do livro Estratégias de leitura, de Isabel Solé.
Projeto pessoal de estudo para aprofundar os conhecimentos sobre alfabetização
Leituras indicadas
• O diálogo entre ensino e aprendizagem, de Telma Weisz, Editora Ática.
• Psicopedagogia da linguagem escrita, de Ana Teberosky, Editora Vozes.
• Ler e escrever um grande prazer, de Beatriz Cardoso, Editora Ática.

Fonte: MEC. Ministério da Educação. Programa de Formação de Professores Alfabetizadores - PROFA. Guia de Orientações Metodológicas Gerais. 2001. p. 125 a 130.

19 comentários:

  1. Penso que leitura seja para estudo ou por simples prazer deve ser realizada por quem gosta de fazê-lo ou é estimulado a isso. Lembro-me que na universidade existe uma disciplina denominada metodologia do trabalho cientifico, onde em determinado momento são nos dadas orientações de como se ler ou como estudar.Acredito ser viável explorarmos esta prática com nossos professores, pois sabemos que alguns não conseguem captar a idéia central do texto, dificultando assim sua compreensão.
    Estudar ou ler não é tarefa fácil e segundo Rosa Maria Antunes que afirma que ler e estudar são duas coisas bem diferentes que devem ser estimuladas tanto em nós formadores quanto nos professores e acredito que as sugestões acerca do estudo de textos com professores é uma ótima estratégia para estarmos trabalhando.
    Então, estudar não pode ser algo visto como sacrifício e sim algo prazeroso. O que se percebe hoje é que tanto para alunos como para determinados professores o ato de estudar ou ler uma obrigação. E ao meu ver tudo que é imposto não aguça, a curiosidade, o prazer. Se conseguirmos fazer com que o professor veja o estudo e a leitura não como sacrifício , venceremos uma grande barreira.
    Uma das formas que poderíamos trabalhar com estudos de textos, seria ler o texto em grupo, pedindo que tirassem a idéias principais do texto e posteriormente cada grupo exporia suas idéias em relação ao texto. Deveria cada formação fomentarmos a necessidade do estudo de texto, pois percebe-se que os professores têm uma boa prática, porém não conseguem escrever sobre isso ou até mesmo não tem o hábito. O estudo do texto possibilitaria esta prática, até mesmo para escreverem sobre suas práticas, embasado em teorias.
    Acredito que um alfabetizador precisa gostar de ler e estudar, como posso ensinar algo que não me identifico? crianças são sensíveis e percebem nossas pequenas ações e reações.
    Ler e estudar com prazer, saber identificar idéias centrais de um texto, interpretar e fazer com que o aluno compreenda esta sistemática são na minha opinião umas das tarefas principais de um alfabetizador.

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  2. Rita, adorei sua resposta, completa e fundamentada. Pra quem está estreando no blog, vc arrasou!!!

    A todos: O texto traz uma reflexão boa sobre a importância do professor estudar texto como estratégia de formação. Isso esteve presente nos Cursos Ecoar, os professores aprendiam sobre os temas tendo a leitura como atividade meio. Lembram, como ficavam cansados, reclamavam, mas não os deixávamos desanimar, era uma provocação. Liam porque tinham que escrever e eram exigidos no entendimento sobre o que tinham estudado. Quanto parecer nas noites do ECOAR. E no outro dia, qd recebiam o diário de bordo: contentamento, descontentamento, reclamação, fazer denovo, enriquecer... Ler e escrever para aprender, como foi no curso deve ser na sala de aula. Imaginem se todos os dias o professor lesse um bom texto aos alunos. Que riqueza!

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  3. A todos: Falando em leitura prazer... que leva a outras descobertas da leitura, vcs já viram que aí do lado, na direita deste texto no blog, temos textos lindos de Carlos Heitor Cony, Moacyr Scliar, José Saramago, Chico Buarque e outras gostosuras como as uvas e o vinho que fala Scliar.

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  4. A leitura é imprescindível para qualquer atividade humana e mais ainda para nós inseridos no campo educacional,o qual requer estudos constantes para nos atualizarmos e aprofundarmos nossos conhecimentos.
    Nos estudos que estamos propondo aos professores e que culminará com um debate, inicialmente estamos desenvolvendo nas escolas um trabalho de sensibilização pela atividade e nas HPs-Hora pedagógica, estamos participando das leituras, contribuindo nos questionamentos, para que haja melhor aproveitamento do debate.Aproveitamos para enfatizar a importância das HPs como momentos de estudos para ampliarmos e consolidarmos os nossos conhecimentos,e garantirmos também um momento para discutir o planejamento da ação pedagógica.
    No debate teremos um grupo expondo uma síntese do livro sobre o nível pré-silábico e outro do silábico e a partir da socialização destas os grupos que estudaram o texto estarão garantindo o debate.Essa dinâmica é muito interessante e eficaz, já que estabelece um compromisso mútuo de leitura-socialização e leitura-diálogo e todo esse movimento resulta em maior conhecimento. E esse conhecimento mais qualificado será traduzido em uma intervenção pedagógica mais qualificada.Sendo assim credito que a melhor estratégia para trabalharmos os textos é sensibilizando os professores para o ato da leitura, é estarmos com eles nesses momentos e aproveitarmos para contribuir:aprofundando questões,utilizando esse referencial para a interpretação de sua realidade e para terem mais elementos ao refletir e propor intervenções pedagógicas. Com a efetivação e continuidade desses momentos de leitura e estudo teremos ótimos resultados.

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  5. Penso que o estudo deve ser para formadores e professores uma busca constante, pois ambos precisam estar atualizados, ter clareza de seus propósitos, haja vista que toda leitura envolve propósitos, por exemplo, ao desenvolver estratégias de estudo, estas devem estar amparadas em suportes teóricos. Por isso, concordo com Rosa Maria Antunes ao afirmar que a leitura “possa se reverter, de alguma forma, em benefícios para a formação do leitor em muitos aspectos, e não apenas o gosto pela própria literatura e o interesse em desbravá-la”. Os dizeres da autora me remete a uma situação vivenciada no grupo de professores do qual sou formadora ao ouvir o seguinte depoimento de uma das professoras: “ estou gostando muito da leitura, está relacionado com o que a gente faz. Ela mostra que trabalhar as letras isoladas não tem sentido e eu estava fazendo isso”. Esse depoimento retrata a relevância de desenvolvermos estratégia de estudo que traga benefícios para a professora, possibilitando discussões, reflexões sobre a prática com perspectivas positivas de intervenção na ação pedagógica do docente.

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  6. A ideia de incluir a leitura de livro nos encontro de formação foi uma grande sacada. Na verdade é a metodologia do curso de 6 dias chegando até as escolas. No encontro atual tivemos relatos de que a leitura de livro deve prosseguir pq lhe remete ao estudo teórico capaz de embasar a prática de sala de aula. No entanto, o hábito do estudo, da leitura de livros não é uma tarefa fácil vale insistir, criar boas estratégias, adotar a prática de lê livros como uma rotina na formação, pois tive professor que deixou de ir ao encontro pq não havia lido o livro. Por isso, todo cuidado é pouco, queremos que o professor venha aos encontros e também cumpra as atividades propostas. Então, como sugestão diria: nós formadoras temos que ao indicar o livro comentar sobre a leitura proposta que ao meu vê estar imbuída de objetividade, intencionalidade e sedução (queremos despertar o interesse do professor pelo conteúdo do livro); desmembrar o livro em capítulos de modo que cada dupla fique responsável em lê, apresentar as idéias principais do autor e relacionar com a prática).

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  7. Gostei muito dos comentários de vcs: Graça, Socorro e Vania pq tratam da leitura do formador e da leitura do professor, como estado de busca, de reflexão, interpretação da prática e proposição didática. Tarefa nada fácil fazer o outro ler. Os depoimentos de vcs foram fortes pq mostraram o qt temos que insistir, não é Vania?, para que o professor estude. Vamos em frente! Esse é o nosso trabalho.

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  8. O estudo para quem trabalha em qualquer área de formação é importante e fundamental. Particularmente gosto muito da leitura e/ou estudo digital, principalmente nas áreas que estou atuando como a Educação Especial, a Educação Física, a Alfabetização e a Formação de Professores. Mas isso requer vontade e disciplina, digo isso porque uma vez escutei um questionamento sobre o tempo disponível e o estudo. Um "certo" professor perguntou aos seus alunos quem tinha o hábito de fazer uma leitura durante 10 minutos por dia, isso porque seus alunos não estavam lendo os assuntos para o debate em sala de aula, e a maioria dos alunos respondeu que não tinham tempo para o estudo. Então o professor seguiu com sua aula, e mais adiante perguntou quem acompanhava a novela das 8, e a maioria dos alunos respondeu que assistia a novela ou várias novelas da programação, diante das respostas o professor novamente indagou: Vocês tem tempo para assistir novelas diariamente e não tem tempo de fazer a leitura diária de 10 minutos de uma parte do livro. Essa pequena história é para fazer uma breve analogia com o nosso trabalho de formador na tentativa de estimular o professor a ler, fazendo o professor perceber que a leitura, o estudo deve ser uma ação constante como disse a Socorro Cabral, ou então como disse a Lorena que a leitura, o estudo vai permitir o momento de reflexão, de interpretação da prática e proposição didática.

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  9. Temos nos encontros mensais a leitura do material preparado pela equipe do GB (sobre o nome, cantigas de roda, números, etc) são textos utilizados para estudo e preparação de material, penso não temos definida muito bem uma estratégia de leitura em grupo para esta ação, mas ao introduzirmos a leitura de livros e textos do Compêndio a estratégia estabelecida foi mais interessante para o compartilhamento de saberes. Participei do encontro da dupla Marta e Graça e o efeito da proposição para este estudo foi sentido com bastante vigor.

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  10. Sem dúvida a leitura é primordial na formação de qualquer profissão. A leitura tem que ser uma conquista, um envolvimento, mesmo quando é obrigatória, deve procurar envolver o outro, para que o mesmo sinta a necessidade da reflexão, e leitura é isso. Como Lorena nos diz, que no curso ECOAR, os professores se sentiam obrigados a ler para escrever,e muitos passaram a reconhecer essa importância e exercitar sua produção. Assim como nossos alunos, nossos professores muitas vezes não dedicam um pouco do seu tempo para ler por prazer, e sim por obrigação, e muitas vezes nem isso, devido essa realidade é a resistência muito grande para a mudança de ação. Dessa forma, é importante essa convívio com bons textos na formação, leituras realmente significativas para a sua formação, que colaborem com suas dúvidas e que possibilitem reflexão para uma nova ação. Ler é viajar por caminhos imaginários, a formação do educador deve promover esse caminho.

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  11. Dando continuidade ao tema Leitura continuo pensando e acreditando que a leitura não deva ser feita de forma imposta, pois tudo o que é feito por obrigação não leva aprendizagem, prazer e satisfação...
    A Idéia de termos um texto ilustrativo tipo uma crônica e lermos para nossos professores ao final dos estudos de nossas pautas foi uma grande idéia como bem disse nossa colega Vânia.
    Acho que os profesores não estão acostumados em alguém ler para eles e isto tem que ser uma momento ímpar dos nossos encontros.
    Particularmente em nossos encontros além de gostar sempre costumo fazer a leitura fazendo uma interpretação aos textos, dando entonação, impostação, mudança de voz e às vezes uma breve encenação, pois acredito que dessa forma eles dão mais atenção, se concentram e compreendem melhor.
    Contudo concordo com a Maricilda quando afirma que ainda não temos bem definidos no grupo uma estratégia para esta ação, acho que ainda devemos criar algo pra este ser um momento tão esperado quanto o resultado das avaliações por exemplo, acho que deve ser algo mais bem preparado e elaborado por nós.

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  12. Acredito que a melhor estratégia para leitura é aquela que alcança os objetivos desejados. Para o Encontro de Maio, como já escreveu a parceira Graça Barroso, procuramos garantir o estudo nas HPs de pelo menos dois grupos daqueles que iriam expor os conteúdos do livro. Lemos junto, encorajamos as colegas a exporem suas atividades, e assim pudemos ter um relato de qualidade.
    Fiquei refletindo sobre como garantir que todos continuem estudando...,
    a própria condição de professor-pesquisador leva a essa eterna busca, já que somos desestabilizados sempre por nossas próprias leituras e vivências. Vejo o exemplo de professoras como Marlene (EM Donatila), Amarilze (EM Palmira), Ana Lúcia (UP Stª Rita), dentre outras, que mesmo após tantos anos de sala de aula, mantém seus espíritos de investigadoras e aventureiras de novos saberes. Isso é lindo!

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  13. Colegas, gostei das respostas, nosso curso de formação se sustenta em atividades de leitura e escrita, lemos os textos e os escritos dos outros, depois postamos comentários, assim compartilhamos e construimos conhecimentos coletivamente. Isso está sendo bom para vcs?

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  14. Este comentário foi removido pelo autor.

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  15. O processo de formação do leitor se dá desde o inicio da sua vida, seja a escolar, profissional ou pessoal. Atuamos em uma área em que precisamos estudar contantemente, para nos atualizarmos com os novos conhecimentos produzidos na nossa área, com vistas à melhoria da nossa atuação profissional. Da mesma forma, temos como papel de formador de educadores, incentivar, resgatar, construir e reconstruir essa prática nos nossos professores. A prática da leitura e discussão de um livro e de um texto pelos professores nos encontros de formação é o inicio desse longo caminho a ser trilhado por todos nós. Levar textos que dê subsídios teóricos ao professor para que reflita sobre sua prática e passe a enxergar “o seu fazer” pelos óculos conceituais da teoria, é uma prática que deve ser levada adiante. Devemos tirar o professor do seu imobilismo pedagógico (P. Freire|) e faze-lo se movimentar, tomar atitudes diante dos fracassos dos seus alunos, dos insucessos de seu trabalho. Agir de forma qualificada, com uma intervenção consciente, de objetivos claros, metodologias bem definidas será resultado de uma formação continuada bem planejada.
    Sendo assim, a leitura é fundamental para o professor e para o seu desenvolvimento pessoal e profissional, e a hora pedagógica garantida na escola é o espaço que deve ser utilizado para esse momento de formação, troca de experiências, leitura e releitura de sua prática.

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  16. A leitura, o estudo de textos diversos são promordiais para nossa formação profissional, pois, precisamos estar " antenados" par que possamos provocar e instigar os debates e discussões em nossos encontros com os professores. Ademais, a medida que lemos, que estudamos vamos amplçiando nossos conhecimentos, nossa visão de mundo, enriquecendo o vocabulário e nos familiarizando com uma boa divsersidade de gêneros textuais. Assim, teremos mais subsídios, referênciais teóricos enquanto formadores par orientarmos melhor nossos professores na escolha apropriada do gênero textual que a situação requer, bem como reunimos uma maior bagagem de conhecimentos e temas para gerar idéias e desafios não só para nós como formadores,mas, também para os professores que formamos.

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  17. O trabalho com estudo de textos e/ou livros não é tarefa das mais fáceis, tendo em vista que muitos de nossos professores, infelizmente, não possuem o hábito e o gosto pela leitura. Daí encontrarmos, em algumas turmas, alunos que não têm intimidade com a escuta de textos, muito menos com a elaboração de textos próprios.
    No entanto, avalio que uma prática que foi iniciada nos Encontros de Expertise e que começaram a dar sinais positivos, foi a indicação de leitura dos livros que compõe a coleção Didática da Alfabetização (Grossi) e posterior socialização dos principais aspectos observados pelo professor-leitor, incluindo nessa socialização a sugestão de atividades que ajudam a fazer com que os alunos avancem. Esta iniciativa, pelo menos, em nosso grupo de escolas tem apresentado bons resultados e a motivação que tentamos utilizar é o fato de que os livros ajudam na compreensão dos diferentes níveis da psicogênese, bem como, favorecem informações para que o professor proponha atividades para os alunos.
    Valéria Risuenho

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  18. Estudar de modo geral nos remete a uma prática que a nossa propria história nos negou e ainda de certa forma continua a negar aqueles que ora chegam neste Pais. Mas este quadro está mudando embora lentamente. Pelas razões acima mencionadas sei que é muito dificil para os professores trabalharem com textos desde a infancia, visto que este acredito que as crianças e ate mesmo os adultos não podem aprenderem através da magia que os textos nos trazem, neste sentido concordo com a Profª Rosa Maria Antunes quando pontua: Estudar ou ler não é tarefa fácil, pois segundo a mesma ler e estudar são duas coisas bem diferentes que devem ser estimuladas tanto em nós formadores quanto nos professores e acredito que as sugestões acerca do estudo de textos com professores é uma ótima estratégia para estarmos trabalhando, pois é a aprtir das experiencias dos encontros de formações o resultado desse prática na sala de aula ja está começando a ter um novo olhar por parte destes professores. Defendo esta ideia por que acredito não podemos apenas levar os alunos a decodificarem mas sim, comprrenderem o que leiem, e só o trabalho com textos pode dar este encaminhamento.

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  19. A respeito do tema Estudo nos remetendo a questão da leitura é outro bem gostoso de se debater e aprofundar.
    Mas não podemos deixar de falar que a leitura infelizmente ainda é um prazer que poucos têmou possuem.
    A leitura é algo primordial para qualquer formação e tem que se tornar algo constanteprincipalmente para o professor.
    É certo que muitos professores não tem essa prática ou não gostam de ler ou ainda alegam que não tem tempo para a mesma.
    Nesse ponto acho que foi uma grande oportunidade estarmos propocionando aos professores uma leitura diversificada de contos aos finais dos nossos encontros coletivos.
    Penso que temos sim que trazer esta e outras práticas de leitura aos nossos encontros de formação, como forma de incentivar e oportunizar momentos de aprendizagem aos nossos professores.

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