Além das discussões freqüentes sobre questões colocadas no grupo (pelo formador ou pelos próprios participantes), uma das atividades mais sedutoras de uso da fala e da capacidade de argumentação é o debate simulado de temas polêmicos, em que o grupo se divide em duas turmas que defendem posições contrárias – na verdade, trata-se de uma situação de simulação porque não necessariamente cada componente do grupo precisa concordar pessoalmente com a posição que defende. Nesse caso, é fundamental o planejamento prévio das intervenções, a antecipação dos prováveis argumentos dos oponentes e a organização de contra-argumentos convincentes: os educadores têm que se empenhar em organizar coletivamente a argumentação e colocar em cheque suas próprias posições em relação ao que está sendo polemizado. Ao formador, cabe orientá-los quanto aos procedimentos básicos para o bom resultado de uma atividade desse tipo: listar os possíveis argumentos do grupo adversário por escrito, elaborar os contra-argumentos (pesquisando e utilizando dados estatísticos e de pesquisa, quando for o caso),definir os argumentadores em função da capacidade que julgam ter para fazer uma defesa convincente etc.
Há inúmeras possibilidades de temas para um debate desse tipo nos grupos de formação, já que questões polêmicas é que não faltam na educação. Alguns deles: "Alfabetizar ou não na Educação Infantil?"; "Ciclo ou série?"; "Aprovar ou não alunos que erram na ortografia?".
"Trabalhar ou não fora da jornada regular?"; "Dar ou não aulas de Educação Física e Artes, sendo professor polivalente?" etc.
Abaixo, a descrição de duas atividades de debate simulado e de uma proposta de discussão a partir de um questionário de Verdadeiro ou Falso.
Um tema interessante para debate simulado tem sido a importância da Educação Física no currículo de 1ª- a 4ª- série. A situação é a seguinte: divide-se a turma em dois grupos para a preparação do debate, conforme as seguintes orientações:
• Os grupos defenderão posições contrárias: um a favor e um contra a garantia de espaço na programação semanal para as aulas de Educação Física no segmento de 1ª- a 4ª- série.
• Cada um dos grupos deve preparar a sua argumentação, tendo como critério fundamental a relevância e a utilidade das atividades e dos conteúdos para a formação do aluno – assim, um grupo defenderá a utilidade e a relevância dos conteúdos de Educação Física e o outro argumentará contra isso.
• Os aspectos a considerar são principalmente: o tempo disponível, a importância das demais áreas, o conhecimento do professor, a existência de materiais, a adequação do espaço físico, as condições gerais da escola, a disciplina dos alunos para a realização das atividades etc.
• O critério de participação em cada um dos grupos não depende da concordância "de verdade" com a posição que o grupo defenderá: a questão é reunir bons argumentos para a defesa da posição.
• O bom resultado dessa atividade depende de combinar "argumentos imbatíveis", para que o debate seja realmente polêmico e de bom nível.
A finalidade básica dessa atividade é colocar em questão o fato de que, muitas de 1ª- a 4ª- série mas não se garante espaço na programação para que essas atividades de fato aconteçam. E, para justificar isso, usa-se toda sorte de argumentos: a inexistência de material apropriado, a inadequação do espaço físico, o fato de as aulas de 5ª- a 8ª- série – quando as há, na escola – ocuparem a maior parte do horário, a não-previsão de professor especialista da área etc. Assim, é importante que o coordenador faça uma intervenção ao término do debate, colocando questões desse tipo e ressaltando que, quando acreditamos verdadeiramente que uma prática é fundamental, fazemos o possível para torná-la viável.
Caio Costa
Num dos grupos que coordenei, propus um debate sobre a questão "Alfabetizar ou não na Educação Infantil". Tanto o tema como a atividade em si despertaram grande interesse e todas acharam o resultado da discussão muito útil. Porém, o grupo que defendia uma posição contrária à alfabetização na Educação Infantil não conseguiu "entrar no jogo" e argumentar adequadamente– seus participantes alegaram que era difícil defender algo em que nãoacreditam mais. Foi necessária a minha intervenção para fazer avançar a discussão, incluindo-me no grupo que estava com dificuldade. Mas, na verdade, a partir de então, a atividade não foi mais a mesma... Embora o debate tenha se aquecido com a minha ajuda, o grupo cuja proposta era defender que não se deve alfabetizar na Educação Infantil não conseguiu realizar uma das tarefas mais importantes num debate desse tipo: preparar antecipadamente argumentos que dêem sustentação à posição que será defendida, mesmo que contrária a sua crença pessoal.
Nessa situação, reafirmei a minha certeza de que, como formadores, precisamos estar preparados para ajudar os grupos a se organizar para um debate, e que essa não é uma tarefa fácil, apesar de geralmente divertida. Para obter bons resultados, não basta propor uma boa atividade, precisamos antecipar como Vamos encaminhá-la."
Rosa Maria Antunes de Barros
Uma atividade mais rápida do que a situação de debate simulado (para casos em que o tempo não comporta uma atividade longa) é a discussão coletiva após o preenchimento individual de um questionário como o que se segue.
Entretanto, o "segredo" para que a discussão seja de fato produtiva é elaborar os enunciados de forma que as afirmações não sejam demasiado óbvias, porque senão os participantes do grupo acabam percebendo quais seriam "pedagogicamente corretas" e podem se posicionar em função disso, e não do que de fato acreditam.
Essa proposta tem se revelado muito interessante porque, tal como as situações de simulação, acaba pondo à prova o que de fato os educadores pensam sobre as questões propostas. E se nós, como formadores, conseguirmos fazer uma problematização respeitosa dos posicionamentos equivocados que geralmente aparecem, a discussão se torna muito produtiva e útil para eles.
A seguir, uma proposta desse tipo.
Rosa Maria Antunes de Barros
POSICIONE-SE INDIVIDUALMENTE EM RELAÇÃO ÀS AFIRMAÇÕES ABAIXO, ASSINALANDO VERDADEIRO OU FALSO, PARA POSTERIOR DISCUSSÃO NO GRUPO
(__) Não devemos gastar o precioso tempo da Educação Infantil com atividades de alfabetização porque além de se dispor de um tempo muito curto, não é função da Educação Infantil preparar as crianças para a 1ª- série.
(__) Queiramos ou não, a alfabetização é o desenvolvimento de capacidades relacionadas à percepção, à memorização e ao treino de um conjunto de habilidades sensório-motoras, tarefa que não compete à Educação Infantil, principalmente se tivermos uma concepção de que o mais importante, na verdade, é o letramento.
(__) É possível alfabetizar na Educação Infantil sem reproduzir o modelo de ensino tradicional utilizado no Ensino Fundamental.
(__) As escolas que realizam um trabalho de alfabetização na Educação Infantil privam as crianças de outras atividades mais importantes e apropriadas à faixa etária.
(__) As crianças que participam de atos significativos de leitura e escrita desde muito pequenas geralmente apresentam bastante desenvoltura para ler e escrever, antes mesmo dos 7 anos, o que, por si só, justifica a defesa de um trabalho sério de alfabetização na Educação Infantil.
(__) As crianças têm competência para aprender a ler e escrever antes dos 7 anos e podem, portanto, ser alfabetizadas naturalmente na Educação Infantil: isso não representa nenhum tipo de sofrimento para elas – ao contrário, é sempre uma grande alegria, para qualquer pessoa, aprender a ler. Além disso, toda criança tem direito a aprender o que é capaz de aprender: não ensiná-la é violar um direito seu.
(__) Para aprender a ler e escrever as crianças precisam construir um conhecimento de natureza conceitual: precisam compreender não só o que a escrita representa, mas de que forma ela representa graficamente a linguagem. Isso é algo que exige reflexão sobre as características e o funcionamento da escrita: quanto antes esse processo começar, tanto melhor para a aprendizagem das crianças.
(__) Como não é função da Educação Infantil alfabetizar, seria necessário instituir classes específicas de alfabetização para ensinar as crianças a ler e escrever.
(__) É prematuro o trabalho com alfabetização nas escolas públicas de Educação Infantil, mas não nas escolas particulares onde estudam crianças de classe média e alta: estas têm contato freqüente com a leitura e a escrita desde muito pequenas (pois suas famílias valorizam essas práticas), o que torna o processo muito natural para elas.
(__) Em praticamente todos os países do mundo, as crianças aprendem a ler aos 5 ou 6 anos, sem sacrifício, mas isto em geral não é possível no Brasil, uma vez que a maioria das famílias brasileiras não valoriza a leitura e a escrita e não incentiva as crianças a fazer uso dessas práticas.
(__) O fracasso escolar está quase todo assentado na demora dos alunos em aprender a ler e escrever no Ensino Fundamental, pois eles têm pouco repertório em relação ao uso da leitura e da escrita. Esse problema pode ser amenizado, e muito, se os professores acreditarem que é possível começar o trabalho de alfabetização na Educação Infantil.
(__) A idéia de que é necessário alfabetizar as crianças antes dos 7 anos é resultado de uma cultura utilitarista que precisa ser combatida – uma cultura de que é preciso ensinar coisas úteis às crianças, para facilitar o seu processo de adaptação às exigências sociais.
PROBLEMATIZAÇÃO
A problematização não é exatamente uma atividade, mas um procedimento metodológico do formador durante as atividades.
Ocorre, por exemplo, quando o formador "devolve" ao grupo as perguntas feitas, para que procure encontrar respostas; quando questiona colocações feitas pelos educadores, procurando fazê-los pensar nas concepções subjacentes; quando retoma uma discussão inicial para a qual não se deu fechamento ou informações conclusivas, para que o próprio grupo tente concluir com os recursos de que dispõe; quando enche o grupo de "Por quê?" para levá-los a pensar e não a esperar respostas prontas...
Nesse tipo de situação, a atitude do formador é fundamental por três razões principais. Em primeiro lugar porque, se queremos que os educadores expressem suas opiniões, temos que saber lidar com elas, especialmente quando são equivocadas, segundo o nosso ponto de vista: o respeito pessoal e intelectual por eles é condição para uma discussão fraterna que incentive todos a manifestar suas idéias, suas crenças, suas propostas.
Não é possível, ao mesmo tempo, pretender que as pessoas falem e "corrigi-las" publicamente quando elas o fazem, porque dessa forma elas com certeza deixarão de falar ou assumirão um papel de oposição.
Por outro lado,é preciso saber "dosar o nível de desafio". Se acreditamos que desafiador é aquilo que é difícil e possível ao mesmo tempo, temos que saber "o quanto o grupo agüenta" ser questionado e, para tanto, é imprescindível identificar e/ou inferir os conhecimentos prévios que possui sobre o assunto em pauta.
E, por fim, é importante não perder de vista que a problematização é um procedimento que rompe com o contrato didático clássico de um curso convencional, tal como os educadores geralmente estão habituados: em um curso apoiado no modelo tradicional de formação, o coordenador dá respostas, em vez de fazer perguntas – e quando pergunta é para avaliar o entendimento. Se o papel do formador não fica claro para os participantes do grupo, se o contrato didático não explicita a função das suas perguntas e das devolutivas que faz, sua intervenção pode ser mal interpretada e o resultado pode ser muito ruim.
Para problematizar as questões que surgem no grupo, o formador tem de gozar de credibilidade, ser respeitoso, cuidar da auto-estima dos educadores, falar do seu próprio processo de aprendizagem – para que eles percebam que ele também teve/tem seus equívocos e está sempre aprendendo – e ressaltar, sempre que possível, que o conhecimento é provisório e se transforma.
Quando o objetivo é problematizar, o que tenho feito é devolver as perguntas colocadas, para que os participantes do grupo procurem responder antes de mim, comprometendo-os com a real discussão do que está sendo abordado e evitando que fiquem numa atitude passiva, à espera das minhas respostas.
Tenho também problematizado as afirmações feitas por eles, para que enxerguem certas contradições que muitas vezes passam despercebidas – esse tem sido um momento muito rico do trabalho. Alguns educadores chegam a me dizer: "Você fundiu a minha cuca, não tenho mais certeza do que sei".
Em relação a respostas genéricas como "As crianças não são capazes de fazer essa atividade porque não têm conhecimento", questiono: "Que conhecimento?". E à resposta "Conhecimentos sobre a escrita", pergunto: "Quais? E assim por diante".
Quando a questão é o processo de aprendizagem dos alunos ou a didática da alfabetização, geralmente os educadores não sabem explicar muito bem as coisas, à medida que vamos solicitando maior precisão em suas afirmações.
Essa é uma das estratégias que eles dizem que eu utilizo muito.
Mas tão importante quanto a problematização é procurar, sempre que possível, resgatar cada aspecto discutido e fazer um fechamento para que as questões não fiquem em aberto. E, mais importante que tudo isso, é problematizar as questões colocadas pelo grupo de maneira respeitosa, e não com arrogância intelectual – atitude que nada tem a ver com a concepção de formação que defendemos.
Rosa Maria Antunes de Barros
A problematização a partir de questões colocadas pelos educadores foi uma estratégia muito valorizada neste grupo. Eles constantemente referiam-se ao fato de que eu mais devolvia suas perguntas do que as respondia. Entenderam essa conduta. Isso dá ao grupo um sentimento de que muitas respostas estão
com ele próprio e valoriza a construção coletiva do saber pedagógico. É como se o formador lhes dissesse: "Isso vocês podem responder. Pensem".
Além do que, essa conduta enfatiza o que propõe o Programa Parâmetros em Ação: não é preciso esperar "especialistas" que eventualmente aparecem para oferecer respostas prontas: é possível construí-las juntos.
Lília Campos Carvalho Rezende
Numa das discussões sobre cuidados pessoais e cuidados com a criança, percebi que algumas olocações feitas sobre as contribuições de Piaget estavam equivocadas. Refleti imediatamente sobre o seguinte: se fosse rebater o que estava sendo posto poderia acabar interferindo nas discussões posteriores, vindo a inibir o grupo. Continuei instigando a participação, para que os educadores pudessem expor as percepções que tinham sobre o assunto, esclarecendo que faria uma sistematização ao final. Pude perceber melhor o nível de conhecimento do grupo e a necessidade de mudar alguns encaminhamentos no trabalho. Dessa forma, ao final de cada atividade, passei a fazer uma síntese teórica sobre o assunto, estabelecendo um paralelo com as discussões realizadas. É importante frisar que nem sempre temos como devolver à turma uma pergunta, ou problematizar uma fala, pois isso depende muito das pessoas que ali estão. Além disso, uma característica imprescindível do formador é saber ouvir e aguardar o momento para poder dar uma devolutiva, tendo o cuidado para que as eventuais distorções possam ser esclarecidas de uma forma que não venha a prejudicar o vínculo de parceria necessário ao trabalho.
Maria Cristina Leandro Paiva
Na atividade de análise de escritas de alunos, foi preciso intervir durante todo o tempo, pois as distorções eram enormes, os grupos não chegavam a um consenso e a todo tempo solicitavam que eu simplesmente respondesse às questões. Tentei problematizar sem exigir demais do grupo, mas mesmo assim existia uma ansiedade enorme pela resposta adequada.
Esse grupo precisará de muito apoio para realizar o trabalho: a falta de informação e de familiaridade com as reflexões sobre a alfabetização certamente será um dificultador para o encaminhamento do Programa Parâmetros em Ação.
Rosângela Veliago
Às vezes nos precipitamos em função do pouco tempo, ou por querer transmitir muita informação, querer dar aula expositiva sobre conteúdos importantes,sem deixar que os participantes do grupo reflitam de forma adequada. Essa mesma questão apareceu na avaliação final das simulações, onde os grupos,também por falta de tempo, atropelaram o trabalho, não se dedicando a explicitar adequadamente as estratégias metodológicas de formação.
Roberta Panico
Segui a pauta proposta para o Encontro do Parâmetros em Ação conforme o combinado, mas logo que assistimos ao programa A Construção da Escrita, notei que o grupo ficou muito desestruturado. Fiz todas as pausas propostas e tentei explorar o máximo de cada situação, apenas problematizando, sem oferecer informação. Havia um incômodo visível, que não foi suficiente para me fazer perceber que, nesse momento, o grupo estava mais ansioso por respostas do que por questionamentos. O programa tornou-se longo, mas suportável.
Quando chegamos na atividade em que a tarefa é analisar a adequação de uma situação de leitura para um grupo de crianças não-alfabetizadas, o grupo"travou". Os participantes solicitavam o tempo todo que eu desse a resposta para as questões discutidas... E eu querendo problematizar e trazer novos elementos para a discussão! No momento em que pararam de falar, me "caiu a ficha" do quanto estava difícil para eles pensarem exaustivamente sobre as questões propostas, sem informações que os ajudassem a construir um repertório de conhecimentos que pudessem utilizar na discussão.
Depois, conversando com a Bia Gouveia e com a Regina Cabral, percebi o quanto fui afoita nessa seqüência de atividades. Regina colocou que, quando os educadores não têm muita informação sobre as questões da alfabetização, é necessário encaminhar a pauta de forma a deixar as problematizações mais para o final, pois assim terão ampliado seu próprio repertório e poderão participar melhor da discussão.
Renata Violante
A professora havia se destacado com posições bastante pertinentes em relação à alfabetização, questionando muitas colocações distorcidas do grupo. No momento da discussão sobre a possibilidade ou não dos alunos não-alfabetizados realizarem a atividade de leitura de uma poesia que sabiam de cor, enquanto todo o grupo dizia que não (pois os alunos não-alfabetizados não conhecem todas as letras e, portanto, não podem ler) ela afirmava que sim e questionou o grupo "Como então vocês apresentam as letras dentro da sala de aula, se não desta forma, nos textos?". Responderam que apresentavam as letras por meio das sílabas, das palavras. Ela resgatou as colocações feitas nas discussões anteriores, quando todos demonstravam concordar com afirmações muito diferentes das que faziam agora, dizendo que o nosso discurso avançou, mas nossas práticas ainda estão centradas nas décadas de 30, 40 e 50. O grupo se desequilibrou, tentando achar respostas...
É muito interessante notar, no momento das discussões teóricas sobre o processo de ensino e aprendizagem e sobre o conceito de alfabetização, o quanto as colocações dos educadores são avançadas, pautadas na idéia de construção do conhecimento e de considerar os conhecimentos prévios dos alunos. Já nas discussões sobre as práticas de sala de aula, geralmente apresentam propostas tradicionais, nas quais o papel do aluno é copiar, repetir, decorar conteúdos explicados e demonstrados pelo professor... Quando um membro do grupo questiona essa contradição, a reflexão se enriquece, pois se trata de um parceiro problematizando a atuação dos outros em relação a conhecimentos que haviam demonstrado ter e depois não fazem uso.
Roberta Panico
Como dissemos anteriormente, o modelo tradicional de formação é basicamente teórico, acadêmico e transmissivo, desconsidera os "pontos de partida" dos educadores e a prática pedagógica como importante fonte de conteúdos da formação, é centrado no texto escrito e prioriza modalidades convencionais de comunicação (como aula expositiva, seminário, palestra e curso).
Entretanto, isso não significa que um modelo de formação apoiado em metodologias de resolução de problemas não tenha lugar para as modalidades convencionais de comunicação, em que, por exemplo, o formador dá aula. A aula tem sua função, é necessária, mas não é a principal estratégia do trabalho: faz sentido quando o formador identifica a necessidade de aprofundar um determinado conteúdo e, para isso, é preciso que tenha claro o nível de conhecimento do grupo – só assim saberá quando é hora de uma aula.
Um recurso interessante, nesse caso, é o formador convidar profissionais que possam tratar de assuntos que ele não domina muito bem, o que permite que tanto o grupo quanto ele próprio aprendam com o convidado.
No entanto, o fato da aula ser uma modalidade de comunicação basicamente expositiva não significa que nesse caso não haja lugar para a fala do grupo: é possível (e necessário) partir dos seus conhecimentos prévios e levá-los em conta o tempo todo.
Se o objetivo é mudar o modelo tradicional de formação, nós, formadores,teremos de superar a "compulsão por dar aula" para os educadores o tempo todo – de vez em quando certamente teremos que dar uma "aulinha", mas apenas de vez em quando... E em relação a isso, é importante considerar que aula não coincide necessariamente com o uso de um discurso meramente expositivo: há aulas dialogadas, problematizadoras, que convidam o grupo a pensar junto, em vez de simplesmente consumir informações. São estas que temos de exercitar, se realmente quisermos transformar o modelo de formação.
Rosaura Soligo
Precisamos, enquanto formadores, ser menos diretivos, deixar os próprios participantes dos grupos formularem soluções... Essa questão tem a ver com a equação tempo disponível/conteúdos que se pretende tratar. Creio que é preciso estar alerta: se os educadores não ocupam a maior parte do discurso, estaremos, na prática, desfazendo o que dissemos que devem fazer. Ou seja, para ser modelo, temos de ser menos ansiosos, seja com a quantidade, seja com a qualidade das formulações dos nossos interlocutores.
Artur Gomes de Moraes
Às vezes penso que estamos “nadando contra a maré”. É exatamente dessa forma que percebo o trabalho de formação. Pode soar desabafo mais o certo que o nosso propósito de alfabetizar as crianças no CI 1º ano ainda não contagiou a maioria dos educadores. Estamos querendo pouco demais (tirar o aluno da condição de Pré Silábico), mas os dados quantitativos demonstram que falta muito para chegar à meta proposta. Por isso, considero que o nosso trabalho precisando priorizar o conteúdo da formação com o conteúdo da alfabetização. Como despertar no professor a responsabilidade de alfabetizar das crianças? O que fazer para as questões tratadas na formação se traduza em prática de sala de aula? Será que estamos sendo propositivos no material que elaboramos como sugestão do conteúdo de alfabetização? Será que durante os assessoramentos estamos deixando de refletir juntos com o professor algumas distorções sobre as condições didáticas de sala de aula? Devo dizer ao professor como o conteúdo de alfabetização deve ser trabalhado na sala de aula? Muitas são as interrogações no meio do caminho. “A resposta é sempre um trecho do caminho que está atrás de você. Só a pergunta pode apontar o caminho para frente.” (Jostein Gaarder)
ResponderExcluirPenso que as questões tratadas nos encontros de formação devem ser discutidas e refletidas de tal maneira que possibilitem aos professores refletirem acerca de suas ações, ou seja, permitindo o pensar no fazer, com ações rotineiras mais sensíveis e lúcidas. Isso implica num investigar da própria prática e busca de sugestões que podem contribuir para novas estratégias de ações. Melhor dizendo, os conteúdos trabalhados na formação devem fazer o professor passar a ter uma outra compreensão da situação, como o que aconteceu por exemplo; no encontro em que se estudou acerca dos níveis pré-silábicos e silábicos, em que ficou claro que a maior dificuldade do professor em possibilitar o avanço do aluno para o nível silábico está diretamente relacionada à necessidade de um entendimento mais profundo sobre o nível pré-silábico, portanto, o professor precisa ter uma outra compreensão da situação para poder redimensionar sua ação pedagógica.
ResponderExcluirPor isso, considero fundamental o caráter socializador dos resultados dos trabalhos que os professores vem realizando em sala de aula. Isso, com certeza, submete os relatos de experiências da prática cotidiana escolar à apreciação do público, exigindo do professor demonstrar e fundamentar suas ações, de forma sistemática e reflexiva. O que contribui sem dúvida para que o professor se torne mais metódico e instigado a buscar, a partir do momento que passar a observar e registrar suas ações e as ações do outro durante o processo de formação. O que naturalmente vem contribuindo para o desenvolvimento do profissional e consequentemente para a qualidade do ensino, mesmos que ainda não se visualize resultados primorosos em curto prazo. Pois, precisamos ter clareza que a formação do professor no caráter de continuada, implica na incorporação desta como um processo continuum. Ou seja, trata-se da construção de um profissinal que é um ser em constante aprendizado, logo, sua formação perpassa pelo seu potencial de recosntrução ou construção dos saberes da formação inicial, bem como dos conhecimentos e experiências adiquiridas no desempenho da docência. Vale ressaltar, que nesse processo também estão imbuídos os valores, as atitudes e outros aspectos constituintes da apersonalidade do professor.
O pouco tempo que estou em contato direto com as escolas e que passei de professora de sala de aula (alfabetizadora ) para formadora, percebi a grande dificuldade que é colocar em prática o que se é discutido no momento de formação. Penso que o que é discutido incansavelmente nas formações deve ser a prática pedagógica presente nos espaços em que esses professores irão atuar, porém creio que isto não vem ocorrendo, observação percebida nas diagnoses das avaliações mensais. E também no grande números de alunos pré-silábicos encontrados, não em apenas uma escolas e sim em número significativo. Isto é preocupante, pois nos leva a pensar se não estamos conseguindo orientar de forma adequada esses professores ou se é falta de compromisso deles. Vejo que é necessário termos isso bem claro, pois de nada adianta propormos uma série de atividades se o professor não estiver engajado no processo.
ResponderExcluirO momento da sala de aula, ou seja, a dinâmica de sala ´somente o professor pode fazer, criar, encantar e fazer com seu aluno se apaixone ou não, já nos diria em outras palavras Rubem Alves e Celson Antunes. Acredito que o nosso papel em situações ou com professores que isso não vem ocorrendo, digo, que o professor não consegue traduzir em práticas efetivas em sala de aula o que é discutido nas formações, seria o de estarmos mais próximos, mais constantes para esses professores não sentirem que estão só. Outro ponto interessante também seria na formação lançarmos perguntas como: por que a maioria dos meus alunos não avaçam ou avaçam e faríamos uma roda de discussão. Quais as implicações pedagógicas? Será que estou possibilitando a aprendizagem do meu aluno? Será que compreendo de fato os níveis da Psicogênese?
Acredito que deva ser organizado algo neste sentido, pois o que percebo é que alguns não compreendem e quem compreende não tem compromisso suficiente para fazê-lo.
Transitar entre teoria e prática com a propriedade de um expert em educação deve ser ambição de todo educador. Todavia, o que temos observado é uma certa incompreensão ou mesmo resistência em utilizar as metodologias de ensino que propomos nas formações, como já citou profª Rita.
ResponderExcluirTemos realizado a estratégia de experimentar com as professoras alguns procedimentos metodológicos que consideramos importantes para o avanço das crianças no processo de ensino-aprendizagem, como por exemplo, ler um bons textos, formar palavras com as letras móveis, organizar estudo nas Hps, dentre outros, ouvimos da profª Amarilze (E.M.Palmira Lins)"Quando vocês falam é uma coisa, mas quando vocês fazem com as crianças, realmente temos a dimensão do alcançe da atividade".
Em relação ao debate simulado, faço minha estas palavras: “o respeito pessoal e intelectual por eles é condição para uma discussão fraterna que incentive todos a manifestar suas idéias, suas crenças e suas propostas”. (?)
Precisamos nos entusiasmar e acreditar sempre para não cairmos no erro fatal que alguns professores cometem quando não acreditam no potencial de seus alunos.
O debate e a discussão são sempre bem-vindos em nossas formações,pois, eles fazem com que reflitamos sobre nossos conceitos e ações. Em nossos encontros mensais, concordo com a Socorro Cabral quando ela fala da importância da socialização dos relatos de trabalhos realizados pelos professores em sala de aula, por ser um momento rico de troca de idéias e experiências em que cada professor expõe seu parecer sobre o trabalho do outro e como eles podem intervir para que os alunos avancem.Mas, um outro aspecto que me preocupa e assusta é a falta de crédito que alguns professores tem quanto ao seu trabalho em sala de aula e como a Vania fala parece que o nosso trabalho ainda não os contagiou.O que está faltando de nossa parte para contagiá-los?O que fazer para que esses professor acredite que ele tem potencial e competência para alfabetizar seus alunos no CI1º ano?. Em nosso último encontro mensal uma das professora relatou a sua preocupação quanto a essa questão por não acreditar que poderá alfabetizar seus alunos, não acreditar de que seja capaz com o trabalho que vem desenvolvendo em sala. Enfim, por não acreditar na capacidade e potencial de seus alunos em aprender.
ResponderExcluirAinda bem que a temática do blog na semana de estudo é sobre Discussão/Debate simulado, pois se me permitem irei concordar com uns colegas e discordar de outros de forma bem salutar.
ResponderExcluirPrimeiramente gostaria de remeter ao comentário feito pela Vania, lamento qdo nos diz em seu desabafo que estamos trabalhando contra a maré, e que nosso trabalho ainda não chegou a maioria dos professores.
Bem na verdade acho que nosso trabalho ja chegou a eles talvez ainda o que não tenhamos foram os resultados que esperavámos.
Eu vejo mais positivamente os resultados que temos hoje, pois se levarmos em conta o resultado que tivemos no final do ano passado, estamos bem a frente.
Disso ainda porque no inicio do ano passado ainda eram feitos os cursos de formação do ECOAR e somente no 2º semestre de 08 é que pudemos nos dedicar única e exclusivamente ao projeto Expertise.
Voltando ao tema em questão concordo com o texto e com os colegas Madalena,Cabral e Rita quando afirmam que mais que o formador planejar boas situações de grupo, é preciso que nós criemos condições para que todos nossos professores falem.
É preciso garantir a discussão e participaçao dos educadores com propostas e intervenções se for o caso de forma que contribuindo ele possa se expressar cada vez mais e adequadamente.
Para mais penso que o estudo em questão ja foi um pouco abordado quando discutimos sobre as competencias do professor em tópicos anteriores.
Por fim penso que fazer com que as questões tratadas no Dizer/Escrever se traduzam em Prática/Ação é tarefa que fazemos todos os dias mas que talvez o que ainda falte é o despertar e o crer dos prefessores em alfabetizarem as crianças.
Não gosto muito da expressão: "Temos que conscientizar fulano", mas infelizmente acho que é isso que ainda falta
Como bem disse nossas colegas:
Rita "O professor precisa estar engajado no processo..."
e a Madalena: "O professor precisa estar contagiado, acreditar no seu potencial e competência de alfabetizar..."
Dessa forma vou discordar de mim mesmo nesse ponto.
"Creio que seja isso que ainda esteja faltando aos nossos professores: a Conscientização."
responderei primeiro e debaterei depois:
ResponderExcluir1° o formador necessita acreditar na proposta, no programa, acreditar que é possível, viável e importante para si, para o programa e principalmente para os alunos;
2° o formador precisa acreditar nas suas potencialidades e que estas se traduzam em competências durante a execução dos encontros de assessoramentos;
3° o formador precisa estabelecer parceria de cumplicidade com as professoras, para que ambos acreditem nas suas potencialidades, e esta relação se dará por meio do Diálogo e do respeito ético. Assim a professora compreenderá é parte do programa e que sua participação é de fundamental importância;
4° mais não ultimo e sim elemento fundamental em todas as etapas deste processo, amor pela docência e perseverança ao nosso objetivo comum que é a alfabetização de nossos alunos.
o caminho é difícil, mais que graça teria se fosse fácil ou simples.
a responsabilidade é tamanha, por isso fomos convidados para esta função;
faço agora uma reflexão sobre as palavras da Vânia a respeito do "remar contra a maré".
É melhor remar contra a maré do que não lutar e aceita-la que ela te leve.
que bom que "as vezes achamos" que remamos contra a maré
abraço
Atuar no campo da formação é algo bastante complexo,uma atividade árdua e nem sempre recompensável, a partir do momento que nosso papel tem um certo "limite":O professor colocará em prática o que discutimos e definimos se realmente acreditar e tiver o compromisso com a aprendizagem de seus alunos, ou então fará um "faz de conta" e sempre retornará à prática que realmente acredita que é a correta e mais adequada.Muitas vezes percebemos contradições entre a "fala" do professor e seu fazer pedagógico, que não se articulam.Desta forma considero muito relevante o posicionamento de Rosa Barros acerca das problematizações que utiliza para que os professores enxerguem certas contradições que apresentam em suas formulações, sempre de forma respeitosa e não de "arrogância intelectual".Se queremos contribuir para formar alunos que sabem PENSAR, temos que utilizar estratégias que levem o professor a refletir sobre sua prática, assim como sobre suas formulações conceituais.
ResponderExcluirSinto-me agraciada com a RIQUEZA dos comentários de vocês, formadores: Vania e suas perguntas, Socorro e o pensar sobre o fazer,Rita e o rito de passagem de professor para formador, marta e o trânsito entre a teoria e a prática, Madalena e a importância dos relatos sobre a prática docente, Renato e a interlocução com os colegas, a maneira como Elienae organiza atitudes/postura do formador, a complexidade da formação e o reconhecimento do limite do formador, tratados por Graça.
ResponderExcluirEsta é a completude de conteúdos desta equipe. Que produzam nas escolas bons resultados!!!
Caríssimos, meus cumprimentos a todos que externaram seus posicionamentos até aqui, isso é mais importante do que as conclusões que possamos chegar, pois como nos chamou atenção os textos lidos para a elaboração do mapa conceitual, elas são provisórias.
ResponderExcluirNeste caso a metodologia se destaca, refletir e elaborar o que pensamos, nos permite trilhar o caminho de respostas válidas não porque são verdades ideológicas, mas porque estão a espera da próxima descoberta que resulta do movimento infindável do ato de pesquisar, de construir conhecimento, não porque é moderno falar assim, mas porque no contexto atual, só contribui para superação das não aprendizagens o professor(formador) com capacidade de refletir, elaborar e se reconstrir sempre.
Assim esta formação cumpre sua função primeira de ser provocativa, estimulando a reflexão sem por isso cair em devaneios redutores frutos de modelos ideais que nada ajudam a superar as não aprendizagens em nossas escolas.
Graça Chama atenção para o "faz de conta" para nos ocupar disso precisamos refletir, elaborar, reelaborar, sobretudo ser provocativos, se fizermos esse movimento juntos, avançamos mais rapidamente.
grande abraço
Cilene Valente
Caros colegas a discussão é bem interessante e concordo com muitas falas aqui colocadas. A práxis, infelizmente, ainda é uma utopia. Estudamos muito, refletimos, discutimos, escrevemos, teorizamos, mas ainda ficamos distantes na prática. Fazer o aluno aprender é uma tarefa dificil. Não sei bem onde está o problema. Estou atualmente, em sala de aula e atuando na formação. Tenho levado essas discussões todas para a minha prática de sala de aula e tenho passado por problemas de não aprendizagem dos alunos. Estou com alunos de 5ª a 8ª série, que apresentam lacunas sérias na sua formação inicial. O que faço? tenho que preencher essas lacunas e não ficar culpando os professores anteriores. Se faço isso, o "conteúdo" não avança e ai ficam outras lacunas para o ano posterior. O que fazer? é uma corrente que tem vários elos fragilizados. A nossa formação também foi assim. Tenho refletido muito sobre isso e sobre o que observamos nas escolas e, acho que concordo com Vania, precisamos encontrar os pontos frágeis da formação do professor e da formação continuada para podermos avançar. Sinto que há também na nossa Rede Municipal algumas fragilidades, dentre elas, a falta de um referencial curricular que dê um norte ao trabalho do professor e das escolas. Aquelas que conseguem definir um referencial minimo para o ano, conseguem ter um trabalho mais consistente pois, definem metas e objetivos mais claros. Uma prova disso, são as semanas de aula preparadas pelos professores e entregues. não há clareza do que trabalham, que conteúdos serão tratados, a sequencia de atividades apresenta muitas lacunas, as coisas minimas não são trabalhadas: como o nome da criança, os dias da semana (calendário), etc. Não sei se é falta de compromisso ou não estamos conseguindo orientar bem o professor, como se questiona a formadora Rita,mas o que fica é uma angústia muito grande. Creio que devemos intensificar mais ainda as idas às escolas, mas devemos ter como parceiro consciente de seu papel na escola, o Coordenador. Este deve ser bem trabalhado também para que seja a nossa voz na escola, afinal ele esta lá todos os dias. Olhar o plano semanal do professor e enxergar as incompletudes e ajudá-lo a perceber isso é uma de suas funções. Ser parceiro do professor e não o seu fiscal. Isso vivenciamos ano passado com duas coordenadoras das escolas que assessorávamos e o trabalho fluia muito bem.
ResponderExcluirUma boa estratégia que esquecemos um pouco foi a "cobrança" das semanas de aulas das professoras do projeto, mesmo que com dificuldades fossem contruidas, tinham a intenção de traduzir o fazer da professora para quem a estava acompanhando. Esta palavra "acompanhar" mais que outras transmite o fazer de formadora, está ao lado, percepção ao largo do que acontece, na turma, com cada uma das professoras.
ResponderExcluirVejo como é grande as preocupações dos formadores em tentar chegar ao professor alfabetizador para que o mesmo estabeleça em sua sala de aula estratégias de alfabetização significativa. A ansiedade paira, a cobrança almenta junto aos professores, a angústia nos toma quando percebemos que nossas crianças estão sendo excluidas do processo de leitura e escrita. Isso é normal e cada vez mais vai almentando na medida que nós formadores cada vez mais, através de nossos constantes estudos, vamos tomando consciência da importância desse processo. Assim, deve ser com nossos professores, as formações devem proporcionar esse incômodo no educador, essa necessidade de mudança de atitude. Temos que realmente nos fazer vários questionamentos de como estamos chegando com o outro, avaliar se o que está sendo proposto nas formações realmente está sendo significativo para o professor, se preocupa com a produtividade do tempo e não com um cumprimento de uma tarefa. Temos que ser cada vez mais autênticos enquanto formadores, autenticidade vem do conhecimento como também da prática. Assim chegaremos no outro sabendo escutar para poder intervir.
ResponderExcluirA reflexão sobre o tema proposto remeteu a uma prática que temos usado, seja em momentos avaliativos, seja na dinamização de sequências didáticas nas salas de aulas com as crianças, com a colaboração do professor. O fazer com o professor pode traduzir o que estudamos durante os encontros do projeto Expertise, em ações em que sejam vivenciadas mudanças de postura, o que permite ao professor refletir sobre sua prática, da mesma maneira como poder servir de espelho no qual perceba o que pode melhorar na “condução” de seu fazer pedagógico.
ResponderExcluirValéria Risuenho
credito que a formação tem um carater diferenciado de apenas informar o professor desta ou daquela situação, esta tem sim a finalidade de atingir a prática desenvolvida nas salas de aulas para se tenha um melhor resultado com as crianças no seu processo de aprendizagem.
ResponderExcluirNão posso pensar e aceitar que estamos remando contra maré e aqui não vai nenhuma critica a companheira Vania, visto que ainda acredito na capacidade do ser humano em mundar em se transformar, e consigo ver isto mesmo que no final do tunel, pois grande parte dos professores estão incomodados com seus resultados e considero isto um aspecto positivo, e faço minhas as palaras da autora do texto quando diz: As atividades de formação que envolvem discussão contribuem para que os educadores desenvolvam suas capacidades de expressar opiniões diante do grupo, conviver com diferentes pontos de vista, elaborar argumentações convincentes, aprender com o outro..Não podemos esmorecer e aceitar as dificuldades, vamos enfrente por que o projeto da expetise em alfabetização é uma proposta coerente e estar fortalecida nas teorias que embasam a aprendizagem em todos os sentido.