DISCUSSÃO: SEQUÊNCIA DIDÁTICA PARA A ALFABETIZAÇÃO DE CRIANÇAS
Campo Semântico: Festa Junina
Cilene Maria Valente da Silva
Vania Maria Batista Ferreira
Grupo-base SEMEC - Belém
1º DIA
1- Converse com os alunos sobre festa junina.
2- Leia o texto com boa entonação para os alunos, marcando a leitura.
3- Leia o texto com os alunos, pelo menos duas vezes.
4- Explore palavras do texto. Ex: quantas linhas têm o texto, começa com que palavra, tem letra? Tem número? Do que fala o texto? O que você achou interessante, no texto? Onde está escrita a palavra fogueira, bandeirinha, junina, festa, Santo Antonio, São João...? Começa com que letra? Termina com que letra? Quantas vezes você abre a boca para falar esta palavra? Quantas vezes aparecem esta palavra no texto?
5- Organize o glossário de palavras do texto:
A - ANTONIO, ALEGRIA
B - BANDEIRINHA, BOLO, BANHO, BELA
C - CANJICA, COMIDA, CAIPIRA
D - DIA, DANÇA
E - ESTALINHO
F - FOGUEIRA, FESTA, FORRÓ
G - GOSTOSA
H
I
J - JUNINA, JOÃO
K
L
M - MARÇAL, MINGAU, MASTRO, MISS, MÊS
N
O
P - PEDRO, PAÇOCA, PANEIRO, PÉ
Q - QUADRILHA
R
S
T - TERREIRO, TIO
U
V - VIVA
Y
W
X
Z - ZEZINHO
6- Agora as crianças podem dizer palavras que iniciem cuja letra ainda não foi preenchida.
7- Atenção ao tempo: as crianças não podem dispersar...avance para outra atividade.
8- Escolha 5 palavras para as crianças construírem no alfabeto móvel e escrever no caderno. Atenção: durante a atividade observe de que forma as crianças estão formando as palavras e faça a intervenção necessária para que ela pense e confronte com a escrita no glossário. Esta atividade pode ser realizada em dupla.
RECREIO
9- Atividade no caderno: Pesquise no glossário palavras com inicial:
J
F
M
P
A
10- Atividade: ficha didática I
PARA CASA: Pesquise uma simpatia da festa junina e escreva no seu caderno.
2º DIA
1-Atividade de rotina: acolhida, calendário, trabalho com nomes dos alunos.
2- Distribua o texto: Festa junina, para cada criança.
Peça ao aluno que escreva o seu nome.
Leia o texto em voz alta.
Faça as crianças acompanharem a leitura com o dedo em seus textos.
Observe a direção da leitura, faça a pontuação necessária.
Chame atenção para os espaços entre as palavras.
Peça aos alunos para achar no texto as palavras e fazer um círculo em volta: São João, São Antonio, mastro, quadrilha, paçoca, festa, estalinho. Recolha o texto para uso no próximo dia.
3- Use o alfabeto móvel para realizar a atividade do quadro. Depois peça às crianças para registrar, no caderno, as palavras construídas.
Descubra que letras estão faltando para formar as palavras abaixo.
C__M__DA ___E__A M__NG__ U Z__Z__NH___
4-Atividade: ficha didática II
RECREIO
5- Selecione uma história para ler, na sala de aula. Faça a propaganda da leitura dizendo do que se trata a história.
6- Ditado de palavras: junho, mês, gostosa, bandeirinha.
O mês de junho tem São João.
7- Jogo do Coroado (forca)
PARA CASA: Pesquise nome de músicas de forró e escreva no seu caderno.
3º DIA
1-Atividade de rotina: acolhida, calendário, trabalho com nomes dos alunos.
2- Bingo de letras. Leitura do texto: Festa Junina, em voz alta.
Faça as crianças acompanharem a leitura com o dedo em seus textos.
Observe a direção da leitura, faça a pontuação necessária.
Chame atenção para os espaços entre as palavras e peça para que marque com X o espaçamento entre as palavras.
3-Atividade no quadro:
Escreva as palavras do texto que tem a letra:
A__________________________________
F___________________________________
J____________________________________
M___________________________________
B___________________________________
RECREIO
4-Atividade: ficha didática III
5- Ditado: festa, canjica, pipoca, paçoca, arraial, bandeirinha.
6- Selecione um livro para ler com as crianças. Mostre as imagens para que as crianças digam do que se trata - é a antecipação da leitura (a criança também passa por essa fase). Quando for lida pode confirmar ou não suas impressões sobre o assunto abordado no texto.
7-Atividade: ficha didática IV
8- Atividade no quadro: Escreva no círculo as letras das palavras abaixo:
BOLO- CANJICA- PAÇOCA - PESCARIA
9- Liga as figuras às letras iniciais.
FOGUEIRA (DESENHO) F PANEIRO (DESENHO)
BANDEIRINHA (DESENHO) B BOLO (DESENHO)
MINGAU (DESENHO) P MASTRO (DESENHO)
M
10- Ditado: O aluno dita para turma palavras que tem a ver com o tema trabalhado.
DEVER DE CASA: Pesquise nome de quadrilhas juninas, perto de sua casa e escreva os nomes no seu caderno.
4º DIA
1-Atividade de rotina: acolhida, calendário, trabalho com nomes dos alunos.
2-Leitura do texto: Festa Junina, em voz alta.
Faça as crianças acompanharem a leitura com o dedo em seus textos.
Observe a direção da leitura, fazer um x onde inicia a leitura e uma bolinha onde termina, faça a pontuação necessária; Chame atenção da criança para a constituição do texto (número de parágrafo).
Chame atenção para os espaços entre as palavras e para o título.
3-Complete os nomes das letras da palavra conforme figura abaixo:
B__ND__ __R__NH__ (DESENHO)
__A__EI__R___O (DESENHO)
CH__P__ ___ (DESENHO)
V__ ___S__ I ___ O (DESENHO)
RECREIO
4- Atividade: ficha didática V
5-Escolha e pinte o nome (atividade no quadro).
AAU
BALÃO
BALAU
APEU
AEU
CHAPÉU
6- Ditado em dupla: um aluno dita 5 palavras e o outro escreve e vice versa.
Cuidado com as duplas escolhidas, pois o critério é aproximar os níveis. (P S e S; S e S A e S A e A) Caminhe, nas duplas, para que perceber se eles estão realizando a atividade.
7-Selecione um gênero textual para ler as crianças (pode ser conto, poesia, cantiga de roda, narrativa, lenda, notícia de jornal...).
DEVER DE CASA: Pesquisar sobre os cordões de pássaros que têm em Belém e escrever no seu caderno.
Atenção: Orientar a criança sobre a atividade proposta.
5º DIA
1-Atividade de rotina: acolhida, calendário, trabalho com nomes dos alunos.
2-Leitura em voz alta feita pelo professor:
Faça as crianças acompanharem a leitura com o dedo em seus textos.
Faça pauta e peça para que as crianças leiam a palavra seguinte, a frase seguinte.
Chame atenção da criança para o número de parágrafo no texto.
3-Atividade: ficha didática VI
4-Marcar de acordo com a resposta. (Atividade no quadro)
Com quantas letras se escreve a palavra BANDEIRINHA?
10 9 11
Quantas vezes aparecem o “I”na palavra BANDEIRINHA?
3 2 1
Quantas vezes aparecem o “A” na palavra BANDEIRINHA?
2 4 3
Quantas letras diferentes aparecem na palavra BANDEIRINHA?
3 5 8
5- Complete com as sílabas que faltam:
GAU
LÃO
NHA
CA
BA_____
PIPO____
MIN_____
BANDEIRI_______
RECREIO
6- Selecione um gênero textual para lê as crianças (pode ser conto, poesia, cantiga de roda, narrativa, lenda, notícia de jornal...).
7-Jogo da caixinha: Base Dez
Material: 1 caixa de fósforo e 10 grãos de feijão
Procedimento: Pegue 1 caixa de fósforo grande e faça um furo na divisória interna (dividindo-a ao meio). Coloque os grãos de feijão numa divisória da caixa, conte os feijões em voz alta, com as crianças, feche, balance e comece o jogo, dizendo às crianças que agora vamos brincar de aposta. Vocês terão que descobrir quantos grãos de feijão irá cair em cada lado da caixa. Vou sacudir, enquanto isso vocês farão suas apostas, registrando a quantidade no seu caderno. Depois vamos conferir quantos grãos de feijão têm em cada lado. Quem acertar ganha um ponto.
8- Ditado com 4 palavras e frase (lista de ingrediente que contém no bolo de fubá).
Sugestão: fubá, coco, açúcar, fermento, ovo, manteiga, trigo,
O bolo de fubá é muito gostoso.
9- Ligue as mesmas palavras, escritas com diferentes tipos de letras:
BOLO foguete
CHAPÉU bolo
PESCARIA bandeirinha
PAU DE SEBO pescaria
BANDEIRINHA pau de sebo
FOGUETE chapéu
TERREIRO miss
MISS terreiro
DEVER DE CASA: Pesquise onde acontece a festa de São Pedro em seu bairro e escreva no seu caderno.
Texto
FESTA JUNINA
OBA! AGORA É TEMPO DE FESTA JUNINA. VOCÊ SABE POR QUE ELAS SÃO CHAMADAS DE JUNINAS? PORQUE ACONTECEM NO MÊS DE JUNHO. NA FESTA, VAI TER MINGAU, PAÇOCA, BOLO, CANJICA, HUM! MUITA COMIDA GOSTOSA.
O FORRÓ VAI SER BOM, VAI TER MUITO ARRASTA PÉ, MISS E CAIPIRA PARA DANÇAR UMA BELA QUADRILHA.
DIA 12, É DIA DE SANTO ANTÔNIO, VAI TER FOGUEIRA E ESTALINHO NO TERREIRO DO TIO ZEZINHO.
DIA 24, É DIA DE SÃO JOÃO BANHO CHEIROSO E MINGAU GOSTOSO.
DIA 29, VOU LEVANTAR O MASTRO NA FESTA DE SÃO PEDRO.
NO 30, É DIA DE SÃO MARÇAL, TEM DANÇA E FOGUEIRA DE PANEIRO.
A FESTA SERÁ NO TERREIRO, COM BANDEIRINHAS COLORIDAS E MUITA ALEGRIA. VIVA SANTO ANTÔNIO!
VIVA SÃO JOÃO! VIVA SÃO PEDRO! VIVA SÃO MARÇAL!
E-MAIL 1: Colegas,
A sequência está bem interessante. É muito válida a contribuição das colegas. No entanto, alguns comandos devem ser revistos, muitas atividades podem ser adaptadas, melhoradas, conforme o nível da Turma. Compreendo a ânsia, a angústia diante dos resultados em relação à aprendizagem. Todos/as nós queremos que o professor avance no processo de Formação da competência Alfabetizadora e, consequentemente, que as crianças aprendam melhor e avancem nos níveis de conceitualização da escrita.
Minha preocupação é que a nossa ânsia nos leve a ter atitude que contrariem a base teórica e metodológica que norteia as nossas propostas de Formação continuada, centrada na leitura, pesquisa, elaboração própria/reconstrução da prática. Como podemos formar professor reflexivo, quando planejamos para ele executar? Como formar profissionais autônomos, se fazemos por ele ao invés de orientá-lo, fazendo com ele? Nosso desejo/objetivo não é que o professor reflita sobre a prática (o que pressupõe reorientação/reconstrução do pensar e do fazer pedagógico). É lógico que muitas professoras precisam de mais apoio/orientação para planejar e desenvolver as sequências didáticas. Minha sugestão é que seja garantido nos encontros e/ou HPs o planejamento de sequências didáticas e estejamos mais atentos à execução em sala de aula. Caso contrário vamos continuar pensando/planejando e os professores executando ou não. Esse professor que queremos? Não é nisso que acredito!
Vera
E-MAIL 2: Caras Colegas Cilene e Vania....
Achei bastante interessante a idéia de vcs criarem uma proposta de sequência didática com o campo semântico Festa junina.
Nós que estivemos muito tempo trabalhando em escola percebemos que é muito frequente e bastante divulgado o tema junino, por ser uma festa popular onde muitos alunos e pais se envolvem bastante nos festejos com a época. Haja visto também que a maioria ou quase todas nossas escolas e UPs realizam essa tradicional festa.Se me permitem nesse ponto discordo do comentário da colega Vera, acho sim que está bem trabalhado, fundamentado e apropriado para todos os niveis de serie e alunos que nos temos.
Pois não consegui perceber alguns comandos que precisam ser revistos ou atividades que precisam ser readaptadas.Também nao vejo que essa proposta contrarie nossa base teorica e metodologica.
Acho que nesse caso toda proposta sugerida ou indicada é válida se queremos ver as crianças aprendendo.
Creio que estarmos sugerindo uma vez tal proposta, não vai estar ferindo nossos ideais, nos tornando criadores de tarefas para os professores executarem a mesma. Pois como bem disse a Lorena em seu mail é uma atividade para nós orientarmos.
Se por acaso algum colega identificou tal falha pode no seu grupo fazer essa mudança particular, pois discordo da mudança sugerida.
De resto gostaria de parabenizar a todos os colegas que elaboraram a proposta estendendo os parabéns também a Marta e ao Elienae que os vi ajudando na elaboração.
Oxalá que todos nós possamos ter os mesmos resultados que a Vania a e a Cilene tiveram ano passado que foi de 65% de alunos alfabéticos, não foi a toa os resultados que conseguiram!!!!
Abraços Renato
E-MAIL 3: Formadores do Gbase,
Salutar essa discussão, entendemos que toda ação de formação que realizamos deve ser refletida, pensada, analisada e fundamentada de maneira crítica e propositiva, tudo é objeto de pesquisa, tb o material didático.
Estudamos sobre isso na segunda-feira. Podemos amadurecer e ampliar a discussão no fórum do blog, nas próximas semanas. Considero o fórum mais adequado. Se me permitirem, levarei recortes dos e-mails sobre a atividade festa junina, para o blog.
Lá ficará a memória de nossas reflexões e posicionamentos, que são sempre provisórios, não somos formadores doutrinadores, não temos método único, tudo é objeto de aprender. Estamos todos em aprendência, e por isso podemos, testar, ousar, arriscar e até errar.
Abs Lorena
A discussão está aberta, incluam seus comentários: Devemos ou não encaminhar estudo sobre sequência de aula no projeto expertise? Se encaminharmos qual será o melhor encaminhamento? O que não devemos fazer? Como problematizar essa prática com o professor? Incluam aqui posicionamentos, opiniões, sugestões e relatos de experiência com a seqüência didática: Festa Junina. 25 a 29/05/2009.
O campo semântico Festa Junina é ótimo de ser trabalhado, envolve os alunos, pois tem muitos elementos para o professor abordar. Podemos dizer que é uma festa para quem sabe explorá-lo. As proposta de atvidades são ricas e interessantes,então acreidito que por ser uma propostae não algo é imposto, ou seja, o profesor não deve fazer tal qual esta aí, pode ser mudado comandos ou acrescentar mais questões. Penso que valeu a iniciativa das colegas ao lembrar aos professores o quanto é rica a temática, já que algumas vezes os professores se perdem em meio a festas ensaios e etc..
ResponderExcluirQuanto a questão de estarmos dando algo pronto para o professor, isto é um risco que vamos correr com professores acomaodados. Infelizmente existem, porém temos as HPs para estarmos encaminhando as discussões e mostrar para os professores que não devem fazer da Proposta seja qual for uma biblia e sim um ponto de partida para a criação de outras atividades que estejam de acordo com o cotidiano de sua sala de aula. Na minha opinião a proposta é válida e salutar para despertar no professor a vontade de criar.
No decorrer dos assessoramentos às escolas, temos observado que algumas professoras,
ResponderExcluirmesmo tendo criatividade e compromisso com a aprendizagem dos alunos, não percebem a importância ou não sabem como estruturar uma organização seqüencial dos conteúdos, como afirma Esther Grossi no livro Didática do Silábico, “A realidade que interage com a inteligência do aluno inclui a ‘ensenha’ do professor, isto é a organização didática que ele apresenta sobre o conteúdo a ensinar, para que este se torne objeto de interesse do aluno”. O conhecimento acontece a partir da consciência da própria ignorância sobre determinado assunto/fato, não considerando esta ignorância como ausência de saber, mas como o confronto de determinado conhecimento com outro que lhe mostra seu limite, como escreve Sara Pain, “A ignorância não é o não saber; é o saber equivocado que se mistura como o saber ajustado ou adequado”.
Entendemos ainda, que oferecer aos professores uma sequência didática pronta, pode possibilitar uma reflexão sobre sua prática, contudo acreditamos que deva ser um referencial aberto a discussões e modificações, não devendo constituir-se como uma prática recorrente, evitando assim a postura dependente do professor, já que acreditamos na importância da autonomia do profissional da educação.
Graça Barroso & Marta Ferreira
Ontem, 03/06, fui em 8 escolas e UP's levando o material da sequencia didática para os professores e coordenadores. A receptividade foi muito boa, todos gostaram e se mostraram receptivos com a proposta. Alguns disseram e pude constatar, que já estavam trabalhando com a temática: festa junina e, que só viriam a somar com o que ja estavam fazendo. O encaminhamento que dei foi que se tratava de uma proposta e que poderia ser modificada, alterada, melhorada, nada é imposto. Deixei o material e a sugestão de avaliação a ser feita após o trabalho com a sequencia didática, a ser entregue no dia do encontro, dia 18.06.09. Nesse mês teremos então, duas avaliações: uma que será entregue dia 10.06, cfe. orientações repassadas no último encontro e, a outra, que será entregue dia 18.06, com a temática: festa junina.
ResponderExcluirConcordo com Marta quando coloca a questão referente a dificuldade dos professores em organizar uma sequencia de conteúdos que leve o aluno a aprender. Penso que essa sequencia ira ajudar aos professores nesse processo de organização das idéias.
Gostei da proposta de levarmos a sequência didática completa sobre festa junina para os professores, pois, percebe-se que alguns ainda apresentam dificuldades em planejar a semana de aula, e esta sequência lhes ajudará tirando talvez dúvidas que possam ter sobre a estruturação e o agendamento de tarefas durante a semana,para que possam implementar uma rotina em sala de aula e de avaliação da aprendizagem dos alunos. E o tema proposto- festa junina- é muito apropriado por ser rico em atividades e idéias e ter uma influência muito forte ainda em nossa cultura local.Parabéns.
ResponderExcluirEm primeiro lugar quero expressar minha satisfação em ter contribuido para a inserção da discussão deste tema no Blog. Na condição de Formadora em constante formação, busco sempre refletir sobre minha atuação, no desempenho desse papel, que é complexo, desafiador, árduo, porém gratificante. Esse espaço constitui-se mais uma oportunidade para refletirmos sobre a nossa prática, nos auto-avaliarmos, enquanto profissional/singular, profissional/dupla e profissional/grupo, afinal a avaliação é o elemento propulsor das nossas ações/intervenções. Espaço para compartilharmos os êxitos, inquietações, dificuldades e crenças. Nessa trajetória, de Formador de professores, desde 1995, dentre tantos aprendizados (re)construidos, venho aprendendo o quanto é essencial e salutar nós Formadores/as percebermos até que ponto nossas ações e atitudes ajudam ou não o professor a refletir sobre sua prática e alcançar um patamar superior no processo de construção de sua competência profissional. Por isso valorizo os Encontros mensais, as avaliações mensais, com o olhar atento sobre as escritas das crianças, as informações que os professores registram na planilha e as sequências didáticas (quando temos acesso). Mas, é na sala de aula, observando/interagindo, que consigo perceber não só as dificuldades dos professores, mas o que ele faz de melhor para o aluno aprender. É lá que constato como as nossas ações e atuações estão refletindo no dizer e fazer do professor, as variáveis internas e externas que incidem positiva e negativamente no contexto da escola/sala de aula e na prendizagem dos alunos; quais as nossas/minhas fragilidades e possibilidades. Isso me faz lembrar a Expertise de 2007, que por meio de um trabalho compartilhado, envolvendo estudo, análise dos resultados e, principalmente, a realização de atividades em sala de aula juntamente com a professora, chegamos no final do ano com 83% dos alunos alfabéticos. Foi gratificante!
ResponderExcluir(CONTINUAÇÃO)
ResponderExcluirEm relação às sequências didáticas, penso que não cabe discutirmos se é válido ou não o estudo sobre Sequências de aula, até porque é uma estratégia utilizada nos Encontros Mensais deste ano e cada material elaborado para estudos vem acompanhado de sugestões de sequências didáticas para que os professores deem continuidade. Essa é uma estratégia que considero pertinente, porque o propósito é a relação teoria e prática; é que o professor exercite a elaboração própria (individual e/ou coletiva). Então por que não estimular a cultura de planejamento? É fundamental que o professor reconheça a importância do planejamento na sua prática pedagógica e que a sequência didática é uma forma de organizar as condições didáticas, de maneira sequenciada, articulada e objetiva.
O fato dos professores aceitarem bem as sugestões não significa que avançarão a um patamar superior no seu processo de formação. Mas já é um passo, desde que não reforce a dependência ao invés de promover a autonomia. O ideal é que os professores passem a planejar, executar e avaliar. Não podemos perder de vista a singularidade do professor - seu estilo, ritmo e crença - e a realidade de cada escola. Tive oportunidade de perceber que alguns professores procuraram inserir as atividades no seu planejamento adequando/reformulando de acordo com a o Projeto da escola e a realidade da turma. Outras deixaram de lado suas idéias e propostas para desenvolver a sequencia sugerida.
Acredito que não basta oferecermos sequências didáticas bem planejadas, mas principalmente desafiá-los a pensar, elaborar, executar e avaliar, o que Afinal os eixos das ações do Grupo base são: estudo, pesquisa e elaboração própria, o que de certa forma já vínhamos tentando fazer nos encontros anteriores, com as sequências didáticas iniciadas para os professores planejarem os outros dias ou apenas um dia. Afinal “mediação é aproximação, diálogo, acompanhamento do jeito de ser e aprender de cada educando dando-lhe a mão, com rigor e afeto, para aJudá-lo a prosseguir sempre, tendo ele a opção de escolha de rumos em sua trajetória de conhecimento” (Hoffmann 2005, p. 51). Por isso é fundamental que retomemos a análise e planejamento das Sequências didáticas, nos Encontros e HPs, articulando com a análise do resultado das avaliações. Vejo que a proposta para o Encontro de agosto vem nessa direção. O professor precisa assumir seu papel de protagonista nesse processo. É uma questão de corresponsabilização pela sua formação profissional e aprendizagens dos alunos.
No assessoramento às Escolas, tenho aproveitado momentos das devolutivas das avaliações para refletir (quando há oportunidade/tempo) com as professoras sobre as Sequencias didáticas, observando os elementos presentes e ausentes, frequentes e raros, as articulações das atividades, etc. Isso vem sendo muito construtivo porque propicia a escuta e aprofunda o olhar, indicando o quanto nós – formadores e professores – avançamos, precisamos avançar e as intervenções necessárias. Sempre falo às professoras, que temos dois desafios: 1- Tirar os alunos da condição de pré-silábico; 2- Fazê-los continuar avançando.
Tambem fiquei muito feliz por ver que os e-mails trocados entre nós viraram tema de estudo no blog, pois pode propiciar melhor a discussao, o entendimento, nossos pontos de vista e nosso reafirmar de ideias.
ResponderExcluirAinda permaneço com minha ideia que surgiu no e-mail inicial de que ao sugerirmos uma sequencia didatica aos professores sobre festa junina ou qualquer que seja o tema, não é algo fixo, estatico nem muito menos engessado; nem vejo que tenha essa finalidade.
muito pelo contrario: abriu margem para discutir entre nós aqui no blog, com os professores, com os CPs nas Hps e como ja foi dito pela colega Rita e mais uma sugestao para que neste mes nao fiquemos so nos ensaios de danças e apresentaçoes...
Mas sim que aproveitemos o periodo e mostremos outras possibilidades para explorarmos e melhorarmos as aprendizagens das crianças.
Em nossos assessoramentos as escolas percebemos que por vezes alguns professores tem muito boa vontade mas lhes falta tempo, estudo e as vezes sugestoes mesmo de ideias, materiais ou jogos de como realizar inclusive a provinha avaliativa mensal.
Então neste sentido continuo acreditando na ideia de que tudo é valido se queremos ver nossas crianças alfabeticas.
É este meu maior objetivo para este ano de 2009, superar meu resultado alcançado ano passado e ver as crianças felizes, alegres e estudando.
O fato de elaborarmos sequências didáticas, com campos semânticos, como sugestão aos professores é atitude nobre, uma vez que temos a oportunidade de fazer o acompanhamento às escolas e observamos que ainda temos colegas que apresentam dificuldade quanto ao entendimento desta construção. Ao mesmo tempo, penso que devemos intensificar orientações e direcionamento neste sentido, de modo que os professores “amadureçam” quanto a esta elaboração. Só precisamos ter cautela para não criarmos dependência junto aos professores, mas que nossas ações possam auxiliar cada vez mais no sentido de fortalecer a autonomia desses professores.
ResponderExcluirSou concordante não como regra, mas como exceção que se ofereça algo ao professor como a seqüência didática do mês de junho. Nos meus 15 anos como professora sempre atuei com as séries iniciais tanto com criança quanto com adultos e nunca esperei por receitas prontas. Todavia, ao participar repetidas vezes de uma certa formação em que só nós relatávamos nossas experiências, só nós sugeríamos, nós líamos, estudávamos etc. Acabei ficando chateada, pois queria algo mais, queria saber como aquele grupo de formadores efetivava sua prática mesmo no papel. Até que em uma das formações acabei questionando, cobrando. Promessas foram feitas, mas nada de retorno. Então tomei a decisão de não mais participar daquela formação. Conto isso, porque estou em sala de aula e sei que muitos colegas assim como eu, acabam se cansando, pois querem algo diferente. Além disso, acredito que mesmo que o professor aplique as sugestões sem modificar a forma escrita, a sua didática é única, perdendo assim a característica de receita pronta. Afinal será o professor um mero técnico? Acredito que não. O ensino é uma profissão tão paradoxal que quem a exerce faz uso ao mesmo tempo de várias qualidades que remetem a multiplicidade de aspectos do trabalho cotidiano do professor. É nesse caráter paradoxal da profissão que tornaria inoperante a redução do papel do professor ao de simples técnico de ensino. Precisamos sim, orientar nossos professores, oferecendo suporte teórico-prático para que fiquem atentos aos conceitos, idéias e concepções que norteiam suas ações educativas, refletindo sobre a prática no sentido de questionar: Para que nível da psicogênese essa atividade serve? Quando devo utilizar? O que vai possibilitar ao aluno com relação à aprendizagem e ao diagnóstico do professor? É nessa compreensão que penso a formação continuada trilhando seus caminhos.
ResponderExcluirPlanejar sequências didáticas sem dúvida é bastante significativo se for estudada a fundo com o professor. Percebo enquanto formadora que quando sentamos com o professor para explorar passo a passo uma sequência ditática, o porquê de cada atividade, a necessidade de uma organização pedagógica, o professor percebe até suas ações positivas e negativas em sala de aula. Isso é importante, pois muitas vezes é necessário um espelho para nos visualizar enquanto pessoa, enquanto profissional, enquanto criança, ect... Vale lembrar que o formador deve ter muita segurança e domínio da sequência, ter um pé na sala de aula e um enquanto formador, pois contribui no relato das ações prevendo até mesmo as intervenções dos alunos. Dessa forma, a formação através de sugestões de sequência didática vem sem dúvida contribuir na reflexão e ação do alfabetizador, para que não se torne uma mera receita de atividade.
ResponderExcluirA discussão foi posta e aproveitada, mas nesse processo muitas aprendizagens de ser formador aconteceram. Opinar, se fazer ouvir e acolher são trocas necessárias para a formação e desenvolvimento profissional de professores. O espaço que o GB proporciona estes momentos. A apresentação da sequência "Festa Junina" em algumas escolas foi ao encontro do que estavam fazendo naquele mês. Penso que também devemos voltar a "cobrar" a memória da semana de aula escrita, este material também materializa a ação docente e que pode e deve ser estudada por nós formadores.
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirCaros formadores,
ResponderExcluirA iniciativa foi necessária, é preciso se ariscar, ter equilíbrio emocional para compreender as reações contrárias. Assessorar não é algo fácil porque existe uma situação de desconforto ao vê situações adversas a não aprendizagem. É preciso agir mostrando outras condições didáticas porque os professores esperam de nós formadores atitudes de intervenção, de ajuda, de orientação... Então, só nos restar apostar em estratégias de formação que dê possibilidades do professor intensificar o processo de aprendizagem da leitura e escrita. Na verdade, o desafio é fornecer aos professores oportunidades para que eles possam identificar um problema que está colocado e que precisa ser enfrentado. Se a crianças precisa de bons modelos de referência o mesmo acontece com o professor. Que a estratégia criada promova a iniciativa no professor para construir tantas outras sequências didáticas.
O estudo da sequência didática tem um propósito único de explicitar as razões da escolha das atividades, qualificar o tempo de aprender, trabalhar o texto dentro de um contexto.Por isso, o estudo é pertinente para esclarecer como encaminhar as atividades propostas de modo a atingir os diversos níveis? Quais os recursos necessários utilizados para contemplar todos os níveis? Como intervir na elaboração das crianças de modo a provocá-lo a repensar sobre a escrita?
Ademais, só uma coisa me interessa... que seja garantido as crianças o direito de aprender a ler e a escrever como condição essencial para seu desenvolvimento humano.
O Projeto expertise em alfabetização possui vários campos de atuação: formação mensal, assessoramento, análise dos dados, intervenções pedagógicas, dentre outras. Essas ações perpassam também pela produção de material didático pedagógico, sequência didática. Sendo assim considero que é importante enquanto equipe de formadores apresentarmos propostas de trabalho, de sugestões didáticas, entretanto alguns aspectos devem ser levado em consideração por parte do professor como: a necessidade de adaptação das sequências didáticas de acordo com a especificidade da turma, a necessidade do retorno, dos resultados obtidos a partir das sequências didáticas apresentadas e a utilização da hora pedagógica para que o professor crie o hábito de estudo e planejamento. Como já foi falado por outros colegas, infelizmente alguns docentes apesar de não terem nenhuma criatividade (ou vontade, ou ânimo) para elaborar uma sequência didáticas, se acomodam com o que recebem “pronto” e em alguns casos nem colocam em prática o que está sendo sugerido pelos formadores. De qualquer é importante termos esse retorno dos docentes da rede para que possamos estar criando estratégias de ajuda, de intervenção de aprendizagem.
ResponderExcluirConsidero completo o Projeto Expertise em Alfabetização, pois no mesmo existe momento de aprendizagem para todos e nesta direção o companheiro Mauro foi pertinente quando disse: formação mensal, assessoramento, análise dos dados, intervenções pedagógicas, dentre outras. Essas ações perpassam também pela produção de material didático pedagógico, sequência didática "
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